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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

De mãos juntas




Deixei o sonho
Levar-me pra sua casa
E fiquei a descoberto
Sem mais anseios
Sem qualquer atenção
Já não era eu
Posto quê:
Deixei minha verdade
Ser levada pra dentro
De um ilusório mundo.



Que, fervilhava...
Em um condomínio
Dentro de mim!
Lá, onde moram.
Todos os meus fantasmas
Desde o mais simplório
Até o mais sofisticado
Deixei!
O devaneio me levar.



Agora!
Não encontro chão
Quando tento retornar
Ao meu mundo natural
Que, mesmo, difícil
Ao menos é real
Como pude?
Deixar-me levar assim
Rumo ao precipício
Que existe em meu interior.



Ao olhar para trás
Ainda o vejo...
E ouço seu chamado
Mas já assimilei a lição
Só me peço!
De mãos juntas
Pra não cair...
De novo, na tentação!




Lemos
08/10/2015


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