Powered By Blogger

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O maldito cálice


No não!
Afirmou-se o sim
O não, falou.
O sim calou
E assim aquiesceu
Foi desse jeito
Que aconteceu.



Foi assim que...
Negando-se!
Afirmou-se o sim
Um sim que se fez
Pela falta de razão
Pela ausência de brio
E a consequência
Dá ate calafrio!



Quando na balança
A maré sempre leva
Aquele que se cansa
Foi assim comigo
Não me admitindo
Como fraco que sou
Dei forças ao inimigo.



Que, em mim habitava.
Que, rapidamente, comeu...
Minha escassa sensatez.
E deu o bote fatal
Dentro da sua hora
Dentro da sua vez
Descobri quê:
Excesso ao amar
É praticamente
Não se gostar!



Não sinto pena de mim
Porém, ainda fraco.
Tento, em vão me arrastar
Pra longe daquilo
Que representaria o fim
Que um dia veio
Sem muita convicção...
E me levou assim.



Como se leva...
Um animal pelo laço
Mas em dado momento
Afrouxou seu abraço
E por estranho lapso
Esqueceu-me...
Em algum lugar.


Lugar, onde...
Encontro-me agora
Preso, ainda, em mim
Estranhamente olhando.
De dentro pra fora
Onde ecoam...
Os sonoros estertores
Da fria realidade!
Que nunca foi...
E nunca será promissora
Aos que foram criados.


Para louvar e agradecer
Todo tipo de provações
Vou parar!
Pois covarde que sou
Logo, começo a blasfemar.
Enquanto sigo sem expressão
E, desnorteado rumo ao fim.



Murmuro algo sobre afastar
O maldito cálice de mim!



Lemos
23/10/2015


Nenhum comentário: