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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Minha voz





Não me olha...
Porém!
Seu eu, me vê.
Posto quê:
Moro...
Dentro de você!


Ignorar!
Muitas vezes
É sinônimo
De representar
E a si mesma enganar


Sei, por quê:
Um dia já o fiz
Não me tornou
Feliz ou infeliz
Mas, me desnorteou.


Confundiu-me!
Enquanto gente
Quando a verdade
Cinicamente mentiu
O corpo padeceu
A alma, assentiu!


Como mandam os
Providencias
Mandamentos
Que são ditados
Para advertir...
Ou consolar
O maior deles...
É, se negar!


Negar-se!
E prosseguir vivendo
Feliz ou não.
Aceitando o invisível
Negando o que está vendo
Admitindo o inadmissível!



Negue-me!
Mesmo palpável
Bem aqui na sua frente
Enquanto no ronronar
De seu delator estômago
Minha voz...
Faz-se presente!



Lemos

22/10/2015

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