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domingo, 25 de outubro de 2015

Por ter a alma fria!


Nada!
Nenhuma estrada
Nenhum amigo me abraçando
Ninguém me enxotando
Como a um cão sem dono
Nenhuma musa
A me tirar o sono.



Nada!
Nenhuma comida predileta
Sem qualquer coisa concreta
Que possa me reter
Nenhuma conta a pagar
Sem preparo pra crescer.



Assim me vejo
E, assim é a realidade
Um imenso vazio
Onde pode, caber um mundo
Tanta apatia contrariando
O homem que fui um dia
Onde o futuro me acenava
Com ares de euforia
Que me contagiava
Eu transpirava alegria!



Mas, isso já é passado.
Ficou enterrado em algum lugar
Do qual me lembro vagamente
Contudo, voltar seria temerário
Pois meu senso de direção
Há muito anda na contramão.



Não sirvo de exemplo
Posto quê:
Rescendo a fracasso
Sigo só e triste
Não me lembro
Do calor de um abraço
Nem de um aperto de mão
Faz tempo que não tenho
O aval de um irmão!



Não busco alternativa
Vivo apenas por viver
Não conto o tempo
Vivo um eterno inverno
Por ter a alma fria
Não sendo exemplo

Não preciso de biografia!




Lemos
25/10/2015



5 comentários:

Marybel Gaalaz disse...

Qué triste vivir en un perpetuo invierno. La vida tendría que ser más que eso, y de los frios y helados días, aprender para no volver a caer en su escarcha.
Bonitos versos.
Un saudo

onilsepol disse...

Obrigado por visitar Marybel Galaaz.
Parece carta de suicida, mas felizmente, é apenas ficção!

Abraço!

TIA NATY disse...

Embora seja ficção quando tenho meus longos invernos escrevo pra desabafar e mesmo depois de rasgar parece que melhoro fazendo isso. Deixa a alma leve e ajuda a raciocinar. Muito bom!

TIA NATY disse...

Embora seja ficção quando tenho meus longos invernos escrevo pra desabafar e mesmo depois de rasgar parece que melhoro fazendo isso. Deixa a alma leve e ajuda a raciocinar. Muito bom!

onilsepol disse...

Obrigado Nataly por visitar e comentar...
O que é ficção pra uns pode ser pesadelo, palpável para outros.

Abraço!