Como em todos os anos; no final
Submetia
suas gavetas a uma faxina
Jogando fora o que não lhe era ideal
Jogando fora o que não lhe era ideal
Assustou-se; ao ver uma meia- fina
Que lhe trouxe, uma lembrança fria.
Dentro
da meia, uma velha fotografia!
Nos
dois objetos, havia o bem e o mal
A
dor da solidão, que lhe queimava
E
toda a euforia, de um carnaval
Uma
lhe aquecia, outra o atormentava.
Pondo,
as suas recordações de lado
Retomou
o trabalho, que havia começado.
Fora!
Com as contas de luz mais antigas
Às
de água e telefone; a mesma sina
Até,
as velhas cartas de pessoas amigas
Não
tiveram, o tratamento que a regra ensina
E
foram todas, parar no incinerador
Lixo,
é e sempre será lixo; seja onde for!
Foi
o que disse; aquele homem ao deitar fora
Aquilo
que julgava não lhe servir mais
O
quê. Certamente aprendi naquela hora
É
que as pessoas; são terrivelmente iguais
Traem-se, as pessoas que querem ser enganadas
A
meia e a foto; foram novamente guardadas!
Tive
que aceitar o fato, que a arte imita a vida
E
que; uma e outra são e serão sempre assim
Passei
a mão matando, uma lágrima atrevida
E
dediquei-me pensar, um pouco mais em mim
Como
me julgo, bastante maduro para chorar
Desliguei
a maldita televisão, e fui me deitar!
Lemos, terça-feira, 4 de janeiro de 2005.
20:16.
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