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quarta-feira, 11 de junho de 2014

O bem e o mal













Como em todos os anos; no final
Submetia suas gavetas a uma faxina
Jogando fora o que não lhe era ideal

                    Assustou-se; ao ver uma meia- fina

                          Que lhe trouxe, uma lembrança fria.

Dentro da meia, uma velha fotografia!


Nos dois objetos, havia o bem e o mal
A dor da solidão, que lhe queimava
E toda a euforia, de um carnaval
Uma lhe aquecia, outra o atormentava.
Pondo, as suas recordações de lado
Retomou o trabalho, que havia começado.


Fora! Com as contas de luz mais antigas
Às de água e telefone; a mesma sina
Até, as velhas cartas de pessoas amigas
Não tiveram, o tratamento que a regra ensina
E foram todas, parar no incinerador
Lixo, é e sempre será lixo; seja onde for!


Foi o que disse; aquele homem ao deitar fora
Aquilo que julgava não lhe servir mais
O quê. Certamente aprendi naquela hora
É que as pessoas; são terrivelmente iguais
 Traem-se, as pessoas que querem ser enganadas
A meia e a foto; foram novamente guardadas!


Tive que aceitar o fato, que a arte imita a vida
E que; uma e outra são e serão sempre assim
Passei a mão matando, uma lágrima atrevida
E dediquei-me pensar, um pouco mais em mim
Como me julgo, bastante maduro para chorar
Desliguei a maldita televisão, e fui me deitar!




Lemos, terça-feira, 4 de janeiro de 2005.
20:16.

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