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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Agora estou sozinho











               



                 Não dou nada!
               Pelo ser humano.
Que cada vez, piora.
 Com o passar dos anos
E fico só; aqui no meu canto.
Regularmente alguém
Dá-me água para beber
De vez em quando:
Alguém me dá um banho
E todos os dias...
Dão-me o que comer.
Mas, as conversas que ouço.
Não são animadoras
Não dão:
Bons prenúncios ao mundo
Quieto no meu canto.
Observando meus donos
Não me vejo melhor
Que um cão vagabundo
Que vive nas ruas
Virando latas...
E levando pontapés.
Quando, chegam visitas.
Amarram-me rapidamente
Como se fosse eu.
O cão mais feroz.
Contudo, bem feito pra mim.
No dia em que mordi meu amo
Tornei-me meu algoz
Hoje meu amo, nem sequer.
Olha para mim
E olhem! Que era ele.
Quem me dava mais atenção
Ao acordar revoltado
Tornei meu mundo:
Em um mundo cão
Acabaram-se...
As palavras de carinho.
Além, de ser cachorro.
Agora; estou sozinho!
Entretanto, se o homem,
Despreza o semelhante.
A quem deveria amar como irmão.
O que pode esperar?
Um velho cão, ingrato e pensante?
Além, de uma bacia de água...
E um punhado de ração!

         Milu, sexta-feira, 23 de março de 2007.
               15h33min.

                         Dias depois, o dono tirou-lhe do castigo...
       Voltaram a ser bons amigos.
     E ele, mudou seu discurso.


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