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sábado, 7 de junho de 2014

Não vou!



Não ver
Pra não querer
Para não tentar
Tocar sequer
Nessa mulher
Que chamo ingrata
Sem o ser
Sei que não...
Amar-me e querer
Possa ser ingratidão
Ninguém é dono
Do próprio coração
Que migra à toa.

Quanto mais do coração
De outra pessoa
Chorar ou rir
Ficar ou fugir
Para outro lugar
Pode salvar
Apenas o momento
Entretanto, só a ocasião
Muda um sentimento
E somente o tempo
Traz uma possível paz...

Contudo, jamais
Trará o esquecimento
Pois não se esquece
Um pequeno...
Ou grande amor.
O corpo, lembra pelo sabor
A alma, é marcada pelo valor
Pelo, tamanho da emoção
Que o envolvimento causou
Não pagarei pra ver
Está decidido, não vou!

Lemos
07/06/2014




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