Do ângulo do olhar

Tema confuso

No qual me perco

Em divagações

O certo e o errado

Depende da hora

Depende do lado

Também fica a mercê

Do ângulo do olhar

Da influencia do luar

Mentira verdade!

Cada um tem a sua

Nem toda mentira...

É nua!

Nem toda verdade...

É crua!

Puxo a brasa...
Para a minha sardinha

Você puxa para sua

E assim...
Segue a carruagem.

Sua verdade é absoluta

A minha apenas bobagem

Do mesmo modo que para mim

A minha é mais importante

Não tão feia assim

Do modo como a lê

Pois a traduzo do jeito

Com que minha alma a vê

Tudo se confunde mais

Quando nossa verdade

Nos mostra ser apenas aparente

Tristes, nos convencemos.

Que até mesmo a verdade

Amiúde nos mente

Criando novo ditado:

O caminho certo, muitas vezes...

Pode ser o errado!