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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Empurrando sonhos











Empurrei o sonho pra trás
E passei a prioridade pra frente
Naquela oportunidade
Todos aplaudiram
O homem de verdade
Que representei naquela hora
Todos aqueles...
Que um por um, vi indo embora.

Por mais de uma vez
Sufoquei meus anseios
Em prol do suposto necessário
A vida seguiu andando
Os sonhos foram ficando
Amontoados em uma gaveta
Fria e escura, dentro do meu coração.
Armazenáveis, grandes sonhos
De quem, não prioriza a satisfação.

Desde tenra infância que vejo
As coisas acontecerem assim
Tudo para o mundo e as pessoas
Pouco ou quase nada para mim
E de doação em doação
De, amiúde, deixar-me anular
Experimentei toda sorte de negação
Que a mim mesmo pude imputar
Por ser tão tolo e subserviente.


Esqueci todos meus anseios
Dentro do refrigerador
Que há muito já virou sucata
Opinião firme torna impopular
Mas subserviência mata!
De que me serve um receiver agora
Se minha audição, há muito foi embora.
Pra quê agora, a potente motocicleta.
Com o joelho rígido e a visão incompleta.


Ficou apenas meu desperdício
De amor, respeito e carinho.
Ficou!
Todos se foram, fiquei sozinho.
Rodeado de fantasmas do passado
Que me atormentam noite e dia
Por ter sido um sujeito resignado
Não quero ensinar o que tarde aprendi
Apenas narro o que fiz o que vi
E também o que vivi...


Que ilustram tão bem o que faço agora
Pensamentos lúgubres e arrependimento
Não tem lugar e nem hora
Apenas podem vir cedo ou tarde demais
No um caso veio por demais tarde
Por isso mesmo é que o remorso arde
Corrói o pouco que sobrou de mim
Nunca pensei contar os dias
Que me aproximam do fim!



Lemos
22/12/2014






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