Powered By Blogger

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Frio como a morte






Lhe observando!
Percebi não ser
Assim, tão poderosa.
Seu branco sorriso
Era desmentido
Por seu triste olhar
De maneira desastrosa
Até mesmo!
As palavras que...
Efusivamente proferia
Não davam um tom
De veracidade ao seu dia.
As vantagens que contava
Pelo que percebi
As contava, tão e somente só.
De si para si
Aumentando naquele dia
Ainda mais...
O nó ao qual se prendia.
Tentando ser discreto
Nada disse, nada afirmei
Apenas pedi uma cerveja
Enchi nossos copos
E a sua saúde brindei
Bebi rapidamente
Para então calar
O que minha alma
Inconformada queria gritar


Minha alma nada gritou
A tristeza e a cerveja
Sua voz sufocou
Foi pouca a cerveja
Pedi então, mais uma.
A razão entende
Contudo, meu coração.
Não se acostuma
Com os muitos desvios
A que nos leva a vida
Não foi apenas uma vez
Que acordei lambendo a ferida
Como um cão...
Sarnento e sem dono
Mesmo sabendo que vinha
De meu interior
O próprio e triste abandono
Foi isso que vi em você
Naquele dia que não quero
Mas teimo em lembrar
Dei-lhe um inexpressivo beijo.
Frio, como a morte
E fui para casa chorar!


Lemos
17/12/2014


Nenhum comentário: