Powered By Blogger

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Sobre o natal!





Nada tenho contra o natal
Acho mesmo natural
As pessoas homenagearem
Quem veio para salvá-las
Mas, para isso...
É preciso se embriagar?
É necessário se empanturrar...
Para festejar o Salvador?
Os que não se deixaram salvar...
Precisam, de tal forma representar?
Falar tanto de amor?
Como se soubessem o que é!
Espalhar no ar, uma suposta fé?
Que dura uma semana
Ou, nada mais que um dia!


Esquecem-se do Cristo o ano inteiro
Correndo atrás de fantasias
Que ficam largadas para trás
Como roupa velha e surrada
Que não lhes serve mais
Nada tenho contra o natal
Acho mesmo um evento legal
Pois vejo nas crianças
O sorriso verdadeiro
Mas criança sorri e chora
Autenticamente, o ano inteiro.
Criança abraça de verdade
Valoriza de verdade
Sentimento de criança
É sempre pleno!
Nunca se expõe pela metade
Nem, apenas, em dia especial.


Disse o Salvador:
“Vinde a mim as crianças!”
Mas alguns pais não deixaram
E as crianças cresceram
Sem conhecerem a verdade.
A maior generalização
Que experimentou a humanidade
É natal, vou abrir o vinho.
Vou ver se o pernil tem sal
Vou manter a chama
Vou perguntar a minha mulher...
Se ela ainda me ama!


Vou dizer, que também a amo.
Depois vou beber um pouco
Para abrir o apetite
E renovar meu espirito natalino
Vi meu pai fazendo assim
Quando eu ainda era menino!
Cresci e me afastei da cruz
Se minha mãe estivesse por aqui
Certamente não aplaudiria
O adulto que hoje sou
Um pouco distante da fé.


Mas, não sou hipócrita
Respeito o semelhante
Amo meus filhos e minha mulher
Mas não nego...
Que represento um pouquinho
Afinal!
Não vivo só no mundo
É só por opção...
Que o homem fica sozinho
Hoje é dia de homenagear...
Nosso único e verdadeiro Salvador
Dia de comer, beber, cantar, abraçar.
Dia de beijar, votar felicidade!
Dia de comemorar...
O nascimento da maior verdade.


Verdade quê!
Nos outros trezentos e sessenta e quatro
Vamos, indolentes, deixando morrer.
Como o fizemos a mais de dois mil anos.
Mas verdade que era...
Ele ressuscitou!
Mas mudam os milênios
Mas não muda o povo
Festejamos seu nascimento
Depois o matamos de novo
Dentro do esquecimento de nossos...
Egocêntricos corações.


Crianças, elas crescem!
E pouco a pouco se despojam
Das boas intenções
Sinto se sou duro ou se devaneio
Mas já pressinto o fim
É natal!
Hora de comemorar de festejar
Finjo que, não está tão feio assim.
Chamam-me ao portão
Quer me abraçar...
O simpático casal de vizinhos...
Que não gosta de mim.


Vou até lá abraçar
Festa não foi feita para se estragar
Porei um sorriso, quase, natural.
Depois tudo volta ao seu normal
É natal, cético e melancólico estou.
Frustrado ao ver...
Que quem veio para salvar a humanidade
Infelizmente não a salvou
É essa a derradeira verdade
O duro legado...
Que a vida nos deixou
Paro por aqui, estou muito ocupado.
Vou ver...
Se o pernil já esta assado
Tomar uma dose de aguardente
Preciso urgentemente
Beber uma bebida mais quente!




Lemos

25/12/2014





Nenhum comentário: