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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Até quase o fim



Não disse a que veio

Mas, foi ficando

Punha as mangas de fora

De vez em quando

Enquanto eu calado assistia

Achava alguma graça

Nas presepadas que fazia

Não sabe do que é capaz

Um homem apaixonado

Não sofre, por nada ver

E acaso veja, fica calado

Comigo foi assim




Fez e desfez até quase o fim

Quando minha voz se fez ouvir

Abandonou o tom sarcástico

Prometendo não repetir

Entretanto, repetiu...

Só que dessa vez não assenti

Separei o meu do seu

E quase, que infeliz parti

Hoje tenho de volta

Algo parecido com um sorriso

Porém, com certa autenticidade

Algo que não tinha

Em minha suposta felicidade!

Viver dentro da mentira

É que nos aproxima da verdade!




Lemos

19/12/2014

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