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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sem discurso (Assim o seria)









Não!
Não vou culpar-me
Para lhe poupar
Não vou fazer
O que você quer
Que eu faça.
Não vou dizer
O que deseja ouvir
Não serei eu
A fumaça que irá
Camuflar sua covardia
Mesmo por que
Fumaça se dissipa
E vem novo dia.


Que nem sempre
Cobre o anterior
Não darei alento
Também
Não jogarei ao vento
Seu cheiro e seu sabor
Quanto a você
Nada posso dizer
Talvez o amanhã
Ou o depois de amanhã
Lhe faça entender
O que não consigo.
Acredito em ex-amor
Mais nunca em ex-amigo
Ou em ex-amor amigo.


Já me mostrou o caminho
E, obedientemente, o sigo
Mas sem discurso
Sem beijo de adeus
Perdeu-se...
A magia do instante
Os futuros podem
Estar logo ali
Ou bem lá adiante
Falo no plural
Por não lhe desejar mal
Quero vê-la feliz
Para que também
Possa-me ver.


Entretanto...
O que deseja ouvir.
Lamentavelmente...
Não posso, não devo.
E decididamente...
Não vou dizer
Nem agora...
E nem depois
Pois inevitavelmente
Foi assassinado
O diálogo...
Entre nós dois.


E quando cessa
possível conversação
Tudo que for dito
Perde então sua razão
Pode olhar agora
Fechou-se!
A porta atrás de mim
Mesmo que...
Fosse uma cortina
Seria do nosso ato
O fim!



Lemos

29/12/2014

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