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quinta-feira, 11 de julho de 2013

O presente do passado




Caixa de texto: 13

 

Ao depositar, aquele singelo beijo em meu rosto.


Trouxe-me; um estonteante sabor do passado.

Há tempos, que não sentia mais aquele gosto.

E que; não via seu corpo assim ao meu lado!

 

Mas; como sei que o tempo não passa em vão.

Tive; às duras penas o preciso discernimento.

Apeei do enleio, recolocando meus pés no chão.

E trazendo; um pouco de razão ao pensamento!

 

Sentindo ter o dom de voar, tive que me conter.

E, prudentemente avaliar todos os possíveis riscos.

O desejo; louco dizia-me: Que mal poderá haver?

Ás vezes; o amor não perdoa os amantes ariscos!

 

Por segurança abandonei um delicioso sonho

Por medo! Ouvi a indesejável voz da razão

Talvez; tenha fugido de um despertar medonho.

Mas confesso. Que foi custoso dizer-me não!

 

Dizendo não a mim mesmo, com tanta categoria.

Confesso, não ter sentido nenhum tipo de orgulho.

Doeu ver escoar rapidamente minha imensa euforia

Desprezando; as promessas daquele risonho mergulho.

 

Por outro lado, ainda sinto-me quase que inteiro.

Considerando; a fração que o passado deixou.

Sabendo que; na vida o mais feliz passageiro.

Jamais chega ao destino; puro como começou!

 

Ao tremer, diante de uma deliciosa probabilidade.

Que poderia ter sido apenas fruto da fantasia

Talvez tenha; até me faltado com a verdade.

Mesmo sabendo. Que ali ela não caberia!

 

Lemos; quarta-feira, 30 de agosto de 2003. 15h53min.

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