Ao depositar, aquele singelo beijo em meu rosto.
Trouxe-me;
um estonteante sabor do passado.
Há
tempos, que não sentia mais aquele gosto.
E
que; não via seu corpo assim ao meu lado!
Mas;
como sei que o tempo não passa em vão.
Tive;
às duras penas o preciso discernimento.
Apeei
do enleio, recolocando meus pés no chão.
E
trazendo; um pouco de razão ao pensamento!
Sentindo
ter o dom de voar, tive que me conter.
E,
prudentemente avaliar todos os possíveis riscos.
O
desejo; louco dizia-me: Que mal poderá haver?
Ás
vezes; o amor não perdoa os amantes ariscos!
Por
segurança abandonei um delicioso sonho
Por
medo! Ouvi a indesejável voz da razão
Talvez;
tenha fugido de um despertar medonho.
Mas
confesso. Que foi custoso dizer-me não!
Dizendo
não a mim mesmo, com tanta categoria.
Confesso,
não ter sentido nenhum tipo de orgulho.
Doeu
ver escoar rapidamente minha imensa euforia
Desprezando;
as promessas daquele risonho mergulho.
Por
outro lado, ainda sinto-me quase que inteiro.
Considerando;
a fração que o passado deixou.
Sabendo
que; na vida o mais feliz passageiro.
Jamais
chega ao destino; puro como começou!
Ao
tremer, diante de uma deliciosa probabilidade.
Que
poderia ter sido apenas fruto da fantasia
Talvez
tenha; até me faltado com a verdade.
Mesmo
sabendo. Que ali ela não caberia!
Lemos;
quarta-feira, 30 de agosto de 2003. 15h53min.
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