Alma leve isenta de culpa,
Sofrer por conta do amor, é tomar o amargo
remédio.
Perde-se a noção de tudo, Mesmo a lida sendo
inglória.
Como uma noite que não quer ir embora, ignorando.
O direito do dia.
Não desejo mudar minha sina. Inocente, creio no
destino.
Fado por fado, caprichos à parte, não nego!
Não me soa a morte, como libertação das penas.
Se fecho os olhos, a alma me traz cenas indesejáveis.
Me assolam pesadelos abomináveis, torturas
plenas.
Que em nome do confuso amor vem implacáveis!
Sonho breve, encanto passageiro.
Rumo certo, incoerência nenhuma.
Amor suave, lento, calmo, sereno.
Um toque, sutil, brejeiro.
Chuva, marcante, como gotas de rum,
Caminhos, tortuosos, ou serão meus passos?
Prisão, que liberta, enquanto espreme e aperta.
Quanto mistério há nos seus abraços?
Felicidade, mesclada com alerta.
Medo que impele a partir.
Solidão acenando ao longe, me induzindo a
ficar.
Os caminhos a seguir. Apenas dois.
Dúvidas, milhares, infinitas.
Morrer escravo, feliz?
Partir, livre, e triste, antevendo a dor do
depois.
Abandonado em seus braços, não me pertenço.
Sou o que respira pelo seu nariz.
A vida que levo, não mais é minha, foi-se!
Junto com ela a minha, opinião mais concreta.
Faltam-me soluções para o mais simples.
Não falo mais, em alma livre e espinha ereta.
Seria mais que loucura se a voz da razão
imperasse fria;
O rio pode mudar o curso, mas não apaga sua história.
Uma vez dada a partida, o coração pede a
palavra.
Sofrer por conta do amor, é tomar o amargo
remédio.
Perde-se a noção de tudo, Mesmo a lida sendo
inglória.
Como uma noite que não quer ir embora,
ignorando
O direito do dia.
.
Não
desejo mudar minha sina. Inocente, creio no destino
Fado por fado, caprichos à parte, não nego!
Não me soa a morte, como libertação das penas.
Se fechar os olhos, a alma me traz cenas
indesejáveis
Assolam-me pesadelos abomináveis, torturas
plenas.
Que em nome do confuso amor chegam,
implacáveis!
Se, creio, no destino, não penso em fuga;
Ilusão seria, voltaria ao antigo leito, mesmo,
Conhecendo , as possíveis armadilhas, iminentes
riscos.
Sofreria cada humilhação, tranquilo, resignado;
Minha alma pelo sentimento, sedada.
Seguindo, como um zumbi, rumo ao nada!.
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