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domingo, 3 de agosto de 2014

Mentiras abençoadas





No tempo em que
O cão era amarrado
Com linguiça
Mas, não a comia.
Era bem mais lindo
Tudo o que havia!





Nasci um pouco depois
Desse tempo de fartura
Quase nem havia linguiça
E a rua era mais escura
Dividia-se um ovo
Para duas crianças
Tempo difícil vida dura.

Mas apesar disso
Vislumbrei a felicidade
No terno olhar de minha mãe
E na, hoje...
Quase extinta lealdade
Que era amiúde compartilhada
Na doença e na saúde!

E assim cresci!
Em meio a dificuldades
Aprendi bastante
Levando pontapés das verdades
E acariciado...
Por algumas mentiras

Mentiras necessárias
Que atenuavam o fel
Engolido na marra
Mentiras providenciais
Que minha mãe inventava
E depois sozinha...
Em um canto chorava!

Lemos
03/08/2014





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