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sábado, 2 de agosto de 2014

De açúcar e sal











Atravessou a rua, Deixando para trás algunss assombros.

Caminhou a passos largos, o ônibus estava chegando.
Na mochila que lhe pesava nos cansados ombros.
Levava o que julgava indispensável. Porém algo estava faltando!
Faltava, algo que ele preferiu pular, e pelo qual, não o condeno.
Não é fácil dizer adeus a um filho, seja ele grande ou pequeno!

Não lhe ocorria outra alternativa, por isso ele partiu.
Cabisbaixo, à beira da depressão, mas resoluto.
Causou arrepios, em quem naquele dia o viu.
Não era para menos. Sua alma estava de luto.
Luto pior do que o causado pela morte.
Luto por sua própria alma, abandonada pela sorte!

Entrou no ônibus, sem sequer saber para onde ia.
Abriu sua mochila, dela tirou uma sacola.
Contemplou por instantes a foto do filho
Que, alheio a tudo se encontrava na escola.
As lágrimas lhe vieram instantaneamente.
Abrandaram seu desejo d seguir em frente!

Sem notar o que fazia, deu sinal para parar.
Desceu do ônibus, espichou-se e respirou fundo.
Não parou para pensar. Havia dez quarteirões para andar!
Se partisse sem abraçar o filho. Como aquela criança veria o mundo?
Nem esperou que o filho descesse da perua escolar.
Descobriu que sem o filho, jamais haveria um lar.

Vasculhando a história do mundo, vi que nada é perfeito.
Nenhum herói foi coragem em tempo integral.
E que os grandes acertos, vieram na tentativa de dar-se um jeito!
A grande revelação, é que a vida é feita de açúcar e sal.
Vendo que em nenhum lugar Teria condições de ser feliz.
Preservou a companhia do filho. Submeteu-se a uma união infeliz!

Lemos, 01/02/03 11:24: 05.




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