Atravessou a rua, Deixando para trás algunss assombros.
Caminhou
a passos largos, o ônibus estava chegando.
Na
mochila que lhe pesava nos cansados ombros.
Levava
o que julgava indispensável. Porém algo estava faltando!
Faltava,
algo que ele preferiu pular, e pelo qual, não o condeno.
Não é
fácil dizer adeus a um filho, seja ele grande ou pequeno!
Não lhe
ocorria outra alternativa, por isso ele partiu.
Cabisbaixo,
à beira da depressão, mas resoluto.
Causou
arrepios, em quem naquele dia o viu.
Não era
para menos. Sua alma estava de luto.
Luto
pior do que o causado pela morte.
Luto
por sua própria alma, abandonada pela sorte!
Entrou
no ônibus, sem sequer saber para onde ia.
Abriu
sua mochila, dela tirou uma sacola.
Contemplou
por instantes a foto do filho
Que,
alheio a tudo se encontrava na escola.
As
lágrimas lhe vieram instantaneamente.
Abrandaram
seu desejo d seguir em frente!
Sem
notar o que fazia, deu sinal para parar.
Desceu
do ônibus, espichou-se e respirou fundo.
Não
parou para pensar. Havia dez quarteirões para andar!
Se
partisse sem abraçar o filho. Como aquela criança veria o mundo?
Nem
esperou que o filho descesse da perua escolar.
Descobriu
que sem o filho, jamais haveria um lar.
Vasculhando
a história do mundo, vi que nada é perfeito.
Nenhum
herói foi coragem em tempo integral.
E que
os grandes acertos, vieram na tentativa de dar-se um jeito!
A
grande revelação, é que a vida é feita de açúcar e sal.
Vendo
que em nenhum lugar Teria condições de ser feliz.
Preservou
a companhia do filho. Submeteu-se a uma união infeliz!
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