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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Aprendi o remédio






Com vontade de quê?
Foi a pergunta
Que me fiz naquele dia
Em que nada servia.


Havia um vazio
Sem explicação
Naquele dia cinzento
Tinha um mistério
Havia um tormento


Que queimava
De dentro pra fora
Mas não dizia seu nome
Uma vontade
Que doía como a fome.


Mas não se explicava
Não tinha identificação
Um buraco negro
Dentro da razão
Que não dava vez
Ao pensamento.


Por isso, saí à rua
Sem destino certo
Mas, entrei no bar.
Destino de todos aflitos
Com seus sonhos...
E temores malditos
Ainda era cedo para morrer
E não tão tarde para beber!



Bebi e fiz o papel
Que infelizmente sei de cor
Fui pra casa, dormi...
E acordei melhor
Assim que me vi!


E me detectei inteiro
Comi um pedaço de pão
Abri uma gaveta
E apanhei minha razão
Que estava hibernando


Aprendi o remédio.
E tomo um trago...
De vez em quando!


Lemos

05/02/2016

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