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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Estranha história!


Tocando em frente!
Tem sido assim
Mesmo na iminência
Do possível e infalível fim.
Da inevitável sentença!
E mesmo desse jeito
Um tanto quanto desanimado
Quase que desesperado
Faço meu papel de gente
Mesmo com dor
Vou tocando em frente!



E...
A despeito de você existir
Ainda vivo!
Ainda posso sorrir!
Mesmo que timidamente
Mesmo tendo você...
Obstruindo minha estrada
Toco em frente!
Por qualquer desvio
Não retrocedo
Mesmo suando frio.



Na presença do medo
Toco em frente!
Por ser ainda cedo
Para abandonar a lida
Não vejo a reta da chegada
Apesar de distância da partida
Choro de vez em quando
Nos momentos em que
A solidão me fustiga.



Mas, sei que minha missão.
Só poderá se findar
No dia em que eu avistar
O verdor do paraíso
Pra mim será o suficiente
Pisar nele, não preciso
Por não ser merecedor
Em minhas condições atuais
Pois trago na alma algum rancor
Que fique, então, o paraíso.
Para os que vierem atrás
Purgando-se com meus pecados.



Esses sim!
Poderão, enfim, entrar...
Serão os Bem Aventurados
Pois estarão redimidos
De suas penas
Por terem presenciado
Minhas duras cenas
De minha cruel missão
Para mim depois de tudo
Só mesmo a despedida
E talvez alguma memória.



Sigo em frente!
Até o derradeiro dia
E quê:
Tenha alguma serventia
Essa estranha história
Que escrevi deitado no sofá
E posso afirmar.
Lugar pior para se deitar...
Não há!



Lemos
15/01/2016


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