Hoje
não acordei bem!
Tomei
meu café
Amarrei a tristeza
Em minha
sala escura
Saí à
rua mascarando...
Qualquer sinal
de amargura
Afinal!
Precisava
do meu sorriso
Era ele,
minha armadura
Para
enfrentar a dor.
Entrei naquele hospital
Com a
esperança
Dentro
da sacola
Junto
com as roupas
Que poderiam...
Nunca
mais serem usadas
Mas,
lembrei-me do quê. ...
Minha
mãe sempre dizia
“Somos
tolos e não sabemos nada!”
A esperança
na sacola
E o
medo estampado no rosto
Hospital,
necessário mal!
Onde
a vida mostra o valor...
Onde
o viver perde a cor
Onde
se empurra goela abaixo
A comida
sem sabor!
Onde
se aprende o tédio
Com a
urina cheirando a remédio!
No maldito
bendito hospital
Onde, a medicina gritou...
Que havia
pouco a se fazer
Mas, minha
mente rebateu
Evocando
minha extinta mãe
Com sua
referencia ao nosso
Pouco
e conturbado saber
O sol
nascia com seu sorriso matinal
E eu
remoendo
Aquele
momento crucial
Vesti
meu melhor sorriso!
E entrei
resoluto no quarto
E vi
minha amada
Acenando-me
sorridente
Tive
a certeza que as roupas
Seriam,
sim usadas!
E que
a humanidade realmente...
Nunca
soube e jamais saberá.
De
nada!
Ao
voltar para casa
Desamarrei
minha tristeza
Que resignada
dormia
Ao pé
da minha mesa.
Ela me sorriu
furtivamente
E saiu
em desabalada carreira
Pela
porta da frente.
Não haveria
espaço para ela
No retorno
de minha amada
Saudável,
feliz...
E ainda
mais bela!
Lemos
11/01/2016
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