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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ficção!




Hoje não acordei bem!
Tomei meu café
Amarrei a tristeza
Em minha sala escura
Saí à rua mascarando...
Qualquer sinal de amargura
Afinal!
Precisava do meu sorriso
Era ele, minha armadura
Para enfrentar a dor.



Entrei naquele hospital
Com a esperança
Dentro da sacola
Junto com as roupas
Que poderiam...
Nunca mais serem usadas
Mas, lembrei-me do quê. ...
Minha mãe sempre dizia
“Somos tolos e não sabemos nada!”



A esperança na sacola
E o medo estampado no rosto
Hospital, necessário mal!
Onde a vida mostra o valor...
Onde o viver perde a cor
Onde se empurra goela abaixo
A comida sem sabor!
Onde se aprende o tédio
Com a urina cheirando a remédio!




No maldito bendito hospital
Onde, a medicina gritou...
Que havia pouco a se fazer
Mas, minha mente rebateu
Evocando minha extinta mãe
Com sua referencia ao nosso
Pouco e conturbado saber
O sol nascia com seu sorriso matinal
E eu remoendo
Aquele momento crucial




Vesti meu melhor sorriso!
E entrei resoluto no quarto
E vi minha amada
Acenando-me sorridente
Tive a certeza que as roupas
Seriam, sim usadas!
E que a humanidade realmente...
Nunca soube e jamais saberá.
De nada!



Ao voltar para casa
Desamarrei minha tristeza
Que resignada dormia
Ao pé da minha mesa.
Ela me sorriu furtivamente
E saiu em desabalada carreira
Pela porta da frente.
Não haveria espaço para ela
No retorno de minha amada
Saudável, feliz...
E ainda mais bela!



Lemos
11/01/2016


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