Hoje eu falo sozinho
Eu
mesmo afirmo
Eu
mesmo questiono
Às
vezes pergunto
E
também respondo
Outras
vezes me calo
Por
não me conhecer
Como
acreditava.
E
nesses momentos empaco
Sem
vontade de seguir
Mas,
depois retomo.
A
prosa, a pose e a missão.
Que
se refere a viver
E
prosseguir mantendo
A
minha existência
Até
quando...
Não a puder sustentar
Ao
ver o trem apitar
Na
curva ao longe
E
de forma alguma
Não
o puder alcançar
Será
quando se calarão
Todos
os meus anseios
E
minhas dúvidas
Desvanecer-se-ão.
E
numa última mirada
Ao
mundo bom, mas cruel.
Relembrarei
o que sou
E
descartarei o céu
Como
repouso merecido
Resmungarei
algo como
Não
ter sido um prazer
Ter
um dia me conhecido
Mesmo
sem me conhecer.
E, num complicado suspiro
Acabar,
enfim, de morrer!
Lemos
20/01/2016
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