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sábado, 16 de janeiro de 2016

Com ou sem dor






Talvez possa lhe esquecer
Algum dia no futuro
Quando parar de doer
E o mundo não me parecer
Assim, tão escuro.


Talvez consiga esquecer
O tamanho da dor
E também a sua razão
Quando tiver novo motivo  
Para me sentir vivo.



Sem!
Esse fogo do inferno
No qual ardo agora
E não tenho voz para um adeus
Nem coragem de ir ao embora.


Talvez um dia
Volte a me enxergar
Como o homem que fui
Em um passado nada distante
E que mesmo assim
Não o vejo ao me voltar.



Quem sabe!
Não haja mais dor
Quando e onde eu acordar
E possivelmente não ver
Qualquer rosto conhecido.


Aí sim, sem amargor.
E possivelmente sem dor
Não me arrependa
De ter nascido
E nem de ter morrido.



Entretanto!
Com ou sem dor.
Reconheço...
Não ter sido algo bom
Um dia, ter lhe conhecido!




Lemos
14/01/2016


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