Powered By Blogger

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Feito nas coxas







Foi com a vida
Que aprendi a sonhar
Todo dia com ela
E a imaginá-la
Cada vez mais bela!



E com a alma abarrotada
De grandiosos anseios
Buscava freneticamente
Através de todos os meios
A caminhar com a felicidade.



E com a vida...
Sem querer também aprendi
O significado de sofrer
Para depois descobrir
Que o pranto não é
A única alternativa.



E, que nada é eterno.
Que está!
A um piscar de olhos
O tempo do céu e do inferno
A vida me ensinou
A ter coragem...
Sem desprezar o medo.



A emendar o dia e a noite
E também!
A dormir e acordar cedo
Aprendi a amar e ser amado
A ser cafajeste e frio.



A ser tolo e apaixonado
De acordo com a pessoa
E com a ocasião
Que amiúde faz o mártir
E muitas vezes...
Dá lugar ao ladrão.


Frisando!
Que são ambos necessários
À engrenagem do sistema mundo
Onde cada qual na sua vez
Tem valor o operário e o vagabundo
Pois um só é notado
Em contraste com o oposto.



Com a vida aprendi o gosto
Da lágrima que escorre no rosto
Quando a coisa parece ruim
Aprendi a arte de entender
Que o mundo
Não gira ao redor de mim!



E que tudo tem seu começo
E também o seu fim
E nem todos verão
Nem terão conhecimento
Do final da história
Que acaba colada na que começa.


Descobri que a vida
É ampla!
Mesmo sendo pequena
Não valoriza nem premia
O imbecil que tem pressa.



Pressa!
Que é inimiga de qualquer projeto
Comprometendo o resultado final
Como amor feito nas coxas
Para não avançar
Algum suposto sinal!



Lemos
06/01/2016


Nenhum comentário: