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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Rua da amargura!





Vou lhe dizer!
Aquilo...
Que ficou entalado
Na minha garganta
Poderá ser...
Minha derradeira fala
Mas, nem por isso.
Dou a vida como finda
Apenas já não a vejo
Assim tão linda.


Tão linda!
Como via até o dia
Em que você se revelou
Ainda sou!
Suscetível a devaneios
Pois eles, amiúde...
Movem o mundo.
Talvez um pouco
Mais pra lá
Do que pra cá.



Mas...
A indústria dos sonhos
Ainda é promissora.
Para quem faz sonhar
Ou tem, a alma sedutora
Meu caminho, um dia.
Emaranhou-se no seu
Foi a grande provação
Que a vida me deu.


Vieram outras depois
E outras certamente virão
Mas, nada igual ao nós dois
Mesmo assim!
Ainda encontro algo belo
Dentro de seus olhos azuis
Que imensamente me fascinam
Mas sua índole
Não me seduz.



E me faz fugir apavorado
Como foge, o diabo da cruz.
Caso ele realmente
Fuja da cruz!
O que é dado como certo.
Já vi muitas cruzes
E nenhum diabo por perto!.



Já carreguei algumas
Quando a coisa ficou preta
Em nenhuma delas
Senti o peso e nem o cheiro
Do abominável capeta
Porém, já cruzei com ele...
Nas ruas, claras e escuras
E nas estações do metrô.



Também já ouvi
A sua conversa fiada
Através da sua boca...
Carmim de mulher amada
Que me mostrou a noite
Bem mais de escura
E me pôs ao relento
Em plena rua da amargura!



Lemos

29/12/2015

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