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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O sol que me calou



Sua alma festeira
Era tudo o que eu tinha
Para uma vida inteira
E que me pôs a seu lado
Sua alma festeira
Não me deixava
Dormir sossegado.



Mas, quem precisava dormir?
Crendo-se dono do seu sorriso
Quem precisava sorrir?
Acreditando-se no paraíso
Sua alma festeira
Era quem me conduzia
Como cachorro fiel
A todo lugar aonde ia.



Sua alma festeira!
Era proprietária da minha
Dentro de minha carência
Era a única visão que eu tinha
E por isso mesmo...
Fazia de seus atos, minha razão.
E eu...
Falava pela sua voz.



Até o dia em quê:
Houve um evento triste
No qual não pude faltar
E não senti sua falta
Pois você lá não cabia
Foi ali que descobri
A grande e dura verdade
Sua alma sempre em festa
Nada sabia de solidariedade!



Por isso mesmo!
Nunca se importou
Com minha ausência de sorriso
Com, a falta de brilho
Em minha voz
Com a ausência de verdade
Em minha imbecil vida
Sua alma festeira!
Que seria minha jaula
Por uma vida inteira.



Enfim, me libertou!
Ao me mostrar que não cabia
Em eventos aonde vou
Porque devo, quero e preciso ir.
Foi justamente...
O que em você, me encantou...
Que me impeliu a partir
Foi, o sol que me calou
Que ao se ir...
Devolveu-me o sorrir!


Lemos
04/12/2015




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