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sábado, 12 de dezembro de 2015

Dentro de uma mentira






Minha verdade!
Precisou gritar.
Pra se fazer ouvir
E mesmo assim...
De nada adiantou
Ela foi ouvida
Mas, não foi acatada.



Verdade!
Por verdadeira que seja
Não entra!
Quando não é convidada
E eu ali muito vivo
Divertindo-me no Inferno
Dentro...
De uma mentira palpável.



Não iria dar atenção
A uma verdade desagradável
Minha verdade vociferou
Até mesmo esbravejou
O que a fez parecer
Algo além de idiota
E no paradisíaco Inferno
Encarei-a como anedota.



Minha verdade!
Transpirou...
Estertorou, mas, não morreu.
Posto que, a verdade não morre.
Minha verdade não morreu
Mas, me entendeu.
E, depressiva, hiberna no espaço.



Para, talvez, lá na frente!
Mesmo, que em silêncio
Faça-se ser ouvida
Quem sabe!
Tarde demais
Quando a canção...
Já esteja...
Irremediavelmente perdida!



Lemos
12/12/2015

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