Parida pelo prazer

Hoje!

Eu entrego os pontos

E fico parado

No meio da estrada

Diante do seu veredito

Vejo feia a situação

Por não ter feito bonito

Como esperava que fizesse.

Estava louco!

Não ponderaria...

Mesmo se quisesse

Pois o Inferno gritava

Cada vez mais alto

Oferecendo-me...
Mais e mais prazer.

Como, então, manter.

Os pés dentro do dever

Como ficar dentro da fidelidade

Quando fora dela

Havia prazer de verdade

Mesmo dentro de uma mentira.

E você!

Que nada sabe de perdão

Deu voz a sua ira

Entrego os pontos

Porém, não jogo a toalha.

Diante da paixão

Não há desculpa que valha

Dou-me por vencido

E cubro de louros

A performance da fraqueza.

E já não vejo no mundo

Aquela mesma beleza

Que a liberdade pode trazer

Vi, muita desgraça...

Sendo parida pelo prazer!

Lemos

14/12/2015