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sábado, 31 de maio de 2014

Cogitando a partida


 


Ao perder um grande amor, não tive o mundo como findo.



Apenas senti-me mais velho, mais pesado; e mais triste.
O ambiente ao meu redor, não me pareceu menos lindo.
Por perder um amor. Tive certeza de que o amor existe
Hoje; mais conhecedor das artimanhas que tem a vida.
Vejo, que em matéria de amor não há causa perdida!


Foi justamente por questionar e duvidar do amor
Que vi; um grande amor perder-se no imenso vazio.
Por não saber avaliar o mais delicioso sabor
Vi minha vida sentimental; pender por um tênue fio.
Agora!Que tudo faz parte do indelével e frio passado
Repenso sobre meus erros. Entretanto, durmo sossegado.


Por perder um grande amor, não morri por inteiro.
A minha maior e melhor parte; teimosa sobreviveu!
Vejo que por maior que seja o amor pode ser passageiro.
Da forma mais cruel; minha pobre alma aprendeu.
Morrendo um grande amor; há chances de um maior ainda.
E. De uma existência insossa pode nascer uma linda!


De uma história, que teve inicio e mal chegou ao meio.
Ainda há muita passagem; boa ou má para acontecer.
Consola-me saber; que o implacável fim, ainda não veio.
Acalma-me, o fato de não saber. Ir-se-á ou não doer!
Ao ver partir um grande amor, aprendi melhor a vida.
Descobri que ao chegar; deve-se cogitar a partida!


Foi assim, que cresci um pouco mais em relação ao mundo.
Que vi o quando é difícil, duro e complicado ser gente.
Que! O que nos parece simples às vezes é tão profundo.
E que o homem já não aparenta ser um bicho tão inteligente.
Sendo incapaz de lidar com o seu próprio sentimento
Como pode; o ser humano ser dono de seu pensamento?



Lemos, perdendo um grande amor. Segunda-feira, sete de julho de 2003. 21h27min.





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