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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vá se catar!


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda tenho

Alguma lágrima...

Para chorar

Tenho guardada

A melhor gargalhada

Que vou dar

E vem você

Falar-me em morte.

 

Vá se catar!

Sei que é certa a morte

Mas, por acaso é cigano?

Para me ler a sorte

Que nesse caso

Seria um pouco de azar.

 

De novo...

Vá se catar!

Dita sentenças

Escorado no diploma

Que seu pai comprou

Antes de ir embora.
 

E que agora

Usa pra trabalhar

Não é médico

Nem aqui, nem na china.
 
Outra vez...

Vá se catar!

 

E ainda faz

Essa cara de piedade

Dane-se!

Com sua suposta verdade

Que lhe engana

Entra ano sai ano.

 

Minha lagrima...

Fica retida

Minha gargalhada...

Essa, dou agora!

Olhando na sua cara.

 

Depois disso dou o fora

Vou, ao médico cubano

Que tanto você criticou

E que não me ditará

Qualquer sentença.

 

Pois sei...

Que o cubano estudou

E saberá...

Melhor do que você

Me diagnosticar.

Quanto a você:

E, definitivamente...

Vá se catar!

 

Lino desenganado

 

(ficção)

 

28/05/2014

 

      

 

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