Deixa!
O menino
Dizia a mãe
O pai deixava
E ia ao bar
Por lá ficava
E quando voltava
Não queria falar
Assim se fez
O homem
Que não sabia
E nem mesmo podia
Se expressar.
Se, com a família
Não falava
Com o filho não brincava.
..
Brincava, falava...
E até mesmo cantava
Recostado no balcão do
Reconfortante bar
Onde, podia ter.
Algo parecido com uma vida
Onde experimentava
Uma existência menos sofrida
Onde, a sua vontade
Não era oprimida!
O tempo passou
O filho cresceu
A mulher se escafedeu
O filho, se casou
E desapareceu
Hoje, ele vive só
Continua indo ao bar
Bebe ainda, e não vai parar
Enquanto vida tiver
Já que não teve filho
E sequer uma mulher
Mas teve serenidade
Não se viciando
Não se entregando...
Ao fantasma do alcoolismo
Bebe, apenas, pelo prazer
E, sabendo administrar
Não atirou ao lixo
A sua forma serena de ser
Nem a sua dignidade
Sente-se completo
Apesar de ter vivido
Um lar pela metade
Não mente ao falar
Que sua verdadeira casa
Foi, o providencial...
E abençoado bar!
E abençoado bar!
Lino
23/05/2014
Obs:
As fotos são de pessoas reais...
De amigos leais!
Mas, a história é totalmente fictícia.
Obs:
As fotos são de pessoas reais...
De amigos leais!
Mas, a história é totalmente fictícia.
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