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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Já me senti assim.

Sem sol; sem ar puro
Sozinho e no escuro
É assim:
Que quero ficar
Pelo menos, por agora
Não preciso ver
E nem saber as horas.
Não preciso respirar
Deixar-me quieto
É um favor completo
Hoje; não quero
Encher o saco
De quem quer que seja
Sinto-me fraco!
E mais, quero ficar
Para não escutar
Sua conversa fiada.
Tampouco, sua linda prosa
Já conversei assim
Pintei; seu mundo de rosa.
Mas, não deu em nada
Foi naquele tempo
Em que, soberbo, me sentia
O dono da cocada.
A cocada, se acabou:
E com ela, o meu ego.
Como pode um homem?
Ser assim tão cego
É por isso que hoje
Nada quero ver!
Nada quero ouvir!
E nada de cocada!
Seja, branca ou escura
Eu e minha tristeza
E minha alma, nada pura.
Que fique você, lá fora!
Com, sua majestade
E seu maravilhoso mundo
Com toda, sua beleza
E, por favor, guarde para si
A sua inquestionável verdade.
Agora; vou me encorujar
Para somente eu:
E ninguém mais sentir
Aquilo, que é só meu
Que meu suposto saber
A seu bel prazer, me ofereceu.
Amanhã, quem sabe!
Queira eu respirar
Ouvir, e também sentir
E talvez; até falar
Entretanto agora
Deixe-me quieto aqui.

E vá logo embora!

Lemos, quinta feira vinte de maio de 2010.

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