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sexta-feira, 14 de maio de 2010

De si para consigo

De si para consigo.

Quando se deixa de ser covarde
Vem a imensa tristeza
E a dor do remorso arde
Porque até então
Vivia-se iludido, vivia-se perdido
Não se tinha noção
Daquilo, que fazia ou não
Desconhecia-se o certo
Sendo normal andar errado
Covarde não tem sentimento
A não ser a própria alegria
A não ser a própria dor
Ao covarde, o resto do mundo
Simplesmente é nada
Covarde, só vê a própria estrada
Vive de si para consigo
E só enxerga o próprio umbigo
Raramente a covardia se acaba
Mas quando isso acontece
Além de enobrecer
Não deixa de entristecer
Pois só assim; se enxerga
As maldades que cometeu
E as tantas desatenções
Que, amiúde, causaram
Tantas desagradáveis emoções
Mesmo assim; é uma benção
Deixar de ser covarde
Pois a possibilidade de ser amado
Pelo irmão e semelhante
Passa a ser maior e melhor
A partir desse instante.
E se ganha também
Créditos; com o criador
E tem-se, uma vida pela frente
Para viver com mais qualidade
Que maravilha, voltar a ser gente!


Lemos sexta-feira catorze de maio de 2010

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