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terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Reflexão

 

Reflexão, é a palavra de ordem

Nessas duas semanas restantes do ano

Está em todos os lugares aonde vamos

Em quase todas postagens que Lemos 

Reflexão, para onde pode nos levar?

Eu a pratico, em todos os dias, e em quase todos os assuntos 

Mas, de pouco tem me servido

Uma vez quê, a grande maioria das minhas reflexões, morre precocemente 

Ou, então, cai no esquecimento, diante de uma nova, ou de alguma urgência, nesse mundo de prioridades.

Ouço gente falando, em  agradecer ao criador, mesmo diante do sofrimento, porém poucos o fazem, talvez, os fanáticos de plantão.

Hoje, estou refletindo, sobre os entes queridos que nos deixaram nesse ano que está terminando, Graças a Deus, que está acabando...

Quem disse, que não agradeço?

Voltando, aos que nos deixaram, por opção ou não!

Alguns para não mais voltar, esses, não tiveram alternativa, a grande maioria, não tem...

Salvo,  alguns visionários, e outros tantos desesperados.

Nesse ano, vi o mundo se tornar mais triste, meu melhor sorriso, se foi junto com alguns que partiram.

Espero pelo novo ano, onde tentarei ser melhor...

Mas, não prometo nada, dada a minha índole, quase que passional.

Entretanto, continuo desejando, que o ano novo de todas as pessoas...

Seja infinitamente melhor.

Do que esse, que estamos deixando para trás.

Porém, nossas perdas e conquistas, já são um fato, já as lamentamos, já as comemoramos, mas, ficaram no passado.

Continuarão, reverberando em nossas mentes, contudo não podem ser mudadas ou apagadas.

Sendo assim...

Há estradas à frente!

Resta-nos segui-las com coragem e cautela, sabendo quando acelerar ou frear, ou até mesmo, mudar a rota.


Abraços à todos!


Lemos 31 de dezembro de 2024.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

 Palavras são desnecessárias

Diante de um mundo mais triste.

Saudoso...

Do melhor sorriso que se desfez

Falar o quê?

Para os tantos órfãos 

Dos quais faço parte

A melhor homenagem 

É permanecer calado 

Deixar as palavras guardadas

Para um outro momento 

Pois esse, é de reflexão 

As pessoas chorando 

Me induzem ao choro

Me afasto, não quero chorar

Na despedida de quem foi

Um grandioso Irmão...

Um anjo de bondade

E, abundante de sorrisos

Não vou pedir a Deus

Pela sua alma 

Posto que, já conquistou seu lugar

Mas, vou pedir paz... 

Para mim e para todos que o amaram

E, força para continuar

Em um mundo, cada dia...

Mais carente, de paz e de amor.


Lemos, 13 de dezembro de 2024.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Eu olho status do Whatsapp 

É para isso que foi feito

Lá as pessoas postam

Coisas que acham 

interessantes

Postam fotos de lugares.

De comida, de flores

De animais!

E expõe, de forma leviana e irresponsável, suas crianças 

Lá, escancaram seu anseios

E divulgam suas "sabedorias" 

É um sítio onde, amiúde, 

As revelações e contradições 

Afloram à superfície 

Gosto de observar status 

Assim, como gosto de postar

É uma forma de se dizer 

E também, de se desdizer. 

É, o que mais vejo 

No status Do whatsapp.

É onde, de vez em quando 

Dou meu grito de desabafo!


Lemos

Nove de dezembro de 2024




quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Quem fala demais

 Hoje dei bom dia 

Para alguns cavalos

E olhe, que nem falo demais 

Pedi que saíssem da calçada 

Na qual, eu pretendia passar 

Nada responderam, tampouco saíram

Tive que ir para o meio da rua

Depois voltei para a calçada 

Olhei para trás 

Eles continuavam lá 

Em silêncio, sem cumprimentar ninguém 

Nada diziam...

Eram cavalos tristes 

Abandonados à própria sorte

Comendo ervas daninhas

E, abrindo sacos de lixo 

Volta e meia, aparece um deles

Morto atropelado, ou intoxicado com sacolas plásticas 

Ou, restos de comida estragada.

É cruel, o que fazem com esses animais 


Lemos, quinta feira cinco de dezembro de 2024, ainda manhã 



Ensinando o universo

 Dizem alguns "sábios" 

Que somos, grãos de areia

Vou comer minha tapioca, agora...

Antes que o vento 

Me  leve embora 

Antes que a onda da praia

Me conduza de volta ao mar 


Não somos grãos de areia

Somos pessoas!

A inteligência do universo 

Aprende com a gente 

Hora de pensar no que fazemos e gerenciar o que dizemos 

Seja réplica, ou de nossa autoria 

Ter razão, é ser feliz

Ou descobrir, por que não o é 

Ter razão, é alcançar 

Sem passar por cima de ninguém 

Ter razão, é dormir e acordar 

Com a mesma paz no olhar

Não sou grão de areia!

Nem o rei da cocada preta

Às vezes, me vejo maior

E conclamo algumas pessoas 

A não serem minúsculas

Não sou maior, sou do tamanho que sou e aparento

Entretanto, gosto de me ver pensando 

Gosto de me ouvir falando 

Mesmo, com minha voz irritante 

Algumas pessoas gostam de mim

Outras, nem tanto!

Não elogio em vão, e meus poucos abraços são verdadeiros 

Às vezes, como sem gostar 

Para não magoar, quem com carinho me serviu 

Na maioria das vezes, digo o que penso

Contudo, há excessões 

Há situações, nas quais a palavra não cabe

Não sou grão de areia!

E não vejo ninguém como tal

Sabemos pra onde queremos ir

Mas, não sabemos se será o melhor 

De vez em quando o mundo

Dá uma sacudida, e muda nossa rota

Providência divina, ou não 

A razão é sempre da vida

Que nós foi dada

E, portanto, deve ser vivida!


Lemos, quinta feira cinco de dezembro de 2024 de manhã 

Mais um dia

 Quinta feira, cinco de dezembro

Mais um dia!

Embora, pessimistas de plantão 

Digam ser, menos um dia

Olho prá frente, e vejo

Uma quinta promissora

Assim como foi o ontem

Do qual, aínda da sinto o sabor

E vejo o acréscimo na minha bagagem 

O menos um dia, só é possível 

Quando o desperdício o joga fora 

O treino de hoje, será a vitória do amanhã 

O trabalho do hoje...

É a garantia do amanhã 

Levantei cedo, e estou aqui

Refletindo e ruminando memórias 

E, havendo memórias 

Nada terá sido em vão.

Como, menos um dia?

Se meus filhos correm ao meu redor

Como, menos um dia?

Se a esposa de todos meus "ontems"

Segue feliz a meu lado.

Menos um dia🤣🤣

Ainda me sustento, com os ofícios 

Que no passado aprendi 

Não mais tropeço onde já tropecei

Não como aquilo que me fez mal

Dias se somam ou se multiplicam

Jamais devem ser subtraídos

Na, tola teoria pessimista, do menos um dia

Não se comemoraria nada do passado 

Muita gente apenas replica 

Encaminhando o que vê 

Nas redes "sociais"

Onde cada um é o que quer parecer

Onde os justos e os donos da verdade proliferam.

No menos um dia

Não se olharia para trás 

E não se voltaria para reencontrar o caminho

Vou despregar dessa poltrona agora

Tem , mais um dia, me esperando.

Do lado de fora!

Boa quinta feira.

Abraços à todos 


Lemos quinta feira cinco de dezembro de 2024

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Quem não enxerga é rei

 Hoje, opto pelo ouro

Do qual é feito o silêncio 

Ouço isso desde tenra idade

E, demasiadamente...

Deve, então, ser verdade 

Pode não ser ouro

Porém, não desafia

Não põe em risco minha boa fé 

Quem se assumiu, aceitou o que é 

Ou o que pensa ser


Tenho olhos pra ver

 Ouvidos pra ouvir

Boca para falar ou calar

Cara de tacho, pra fingir não ver.

Mas, o ouro do silêncio 

Pode soar como reprovação 

A quem deseja, ser ouvido

Aceito, e até mesmo aplaudido

Guardo minha opinião 

Pode ela, não ser tesouro

Contudo, a verdade pode ser 

Clara, até mesmo, obscura

Em terra de cego

O rei, não enxerga.

E quem vê, pode ser serviçal 

Hoje, covardemente me omito

Para ter, um amanhã real

Agora, o ouro do meu silêncio 

Terá que se fazer proveitoso 

Não opinarei, não pré julgarei

Até mesmo, por não ser da minha conta

Talvez, meu mundo seja utópico 

Mas, filosofar, não é minha praia 

Vou dormir ignorando 

Meus olhos e meus ouvidos 

E, amanhã ou depois 

Quem sabe, o universo 

Me dê seu parecer

No momento, tá tudo estranho 

Num mundo, onde tudo pode 

Não vou buscar respostas 

Nas palavras do Criador 

Pois foram escritas

Pelas mãos de comedores de 🍞 pão 

Que assim como eu, um dia...

Já abusaram da comunicação 

Vi, não nego!

Insistiram em mostrar ao mundo

Sendo assim, vou deixar

O mundo desvendar 

Isso, não cabe a mim!

Já passou da hora...

De me calar!


Lemos, quatro de dezembro de 2024





O tal colar

Sua tendência de ordenar 

Não entendi

Seu enorme prazer de me ver chorar

Foi algo que deduzi

E por que, eu fui buscar?

Aquele místico colar

Na tumba do sábio faraó 

Isso, também não assimilei 

Como também não sei

 Por que o tal colar

Estava lá!

Entre lições, Missões e explicações 

O mundo vai seguindo 

Com seus líderes, falsos ou verdadeiros

Com seus heróis, vilões e figurantes 

A história vai se repetindo

E, as famílias vão convivendo 

Com suas afinidades e negações 

Nunca peço nada em troca 

Mas, sempre espero reconhecimento

No entanto , nem sempre reconheço ou dou o devido valor 

E assim, acontece com todas as pessoas 

Acertando aqui, errando alí 

Sempre capazes de atitudes 

Sejam elas, ruins ou boas.

Tem aquelas que pendem

Para apenas um lado

E por isso, sofrem mais 

Por não terem, um momento de equidade 

Onde a outra metade se enquadra 

E por assim ser, se afirmar

Dentro de algum contexto ou momento 

E os contrastes, dão vazão à convivência 

Até onde possível seja

O tal do, "Infinito, enquanto dure"

O negócio, é comer o pão 🍞 

Não se importando com quem o amassou 

Sendo um anjo, que maravilha!

Sendo o diabo, também mata a fome.

Quando filho é feio, ninguém quer dar seu nome

O sorriso de cada um

Em seu devido momento 

É tributo pago, por algum tormento 

Ou por vencimento, ou por antecipação 

Pode até, me dizer, onde devo pisar

Ou onde, amarrar meu jumento.

Pode apitar as minhas faltas

Mas, não pode apontar o dedo

Aos meus pensamentos 

Por isso, a palavra individualidade 

Ainda teima em existir 

Pode até me mandar embora 

Mas, duvido me apontar aonde ir.

Vou para a cama agora

Tem futebol à noite

E não quero perder 

Continuo gostando das pessoas 

E pretendo ficar mais um pouco

Habitando esse planeta, ainda verde

Contudo, muito mais estranho 

E, certamente, prá lá de louco!


Lemos, quatro de dezembro 2024

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

No seu devido eixo

Promover encontros 

Pode gerar desencontros...

Pensem nisso, cupidos de plantão 

A cada um a sua vida

A cada qual o seu destino

O futuro das pessoas

Pertence a elas 

E tão somente a elas

Suas opiniões devem ser exclusivas 

Influencers não retém a verdade.



Vamos deixar o mundo girar

No seu devido eixo

E as profecias, se cumprirem ou não 

Deixar que as pessoas pensem

E tracem sua trajetória 

Quanto a nós comedores de feijão 

Que tenhamos zelo...

Pela nossa própria história.



Lemos 4 de novembro de 2024...

Ainda de manhã.


Divagando

 É bom pensar

Exercita a mente

Mas, é necessário dirigir

Para não matar a alma

Quero dizer, para tentar 

Desviar os pensamentos 

Diante das encruzilhadas 

Pois elas os retém 

Às suas conveniências .



Sonhos e bons pensamentos 

São SPAS para o espírito 

Porém, os problemas

Também têm seu lugar

Pois se não forem pensados

Jamais serão resolvidos.



As pessoas não são feitas 

Para serem entendidas 

Tampouco, para que as consertemos 

Pois não há conserto 

Posto que seres humanos 

Não são passíveis de reparo

Portanto, não se opta

Pela perfeição.



O limite é acordar

E viver o dia, seja ele

Bom ou ruim

Curto ou interminável 

O sorriso na hora certa

E o olhar reprovador

Quando necessário

Palavras, que não sejam  muitas...

Desde, que seja um orador.



Vamos pensar...

Para o Alzheimer se mancar

Que não somos o seu lugar

Mas, devemos lembrar 

Que o enlouquecer, também.

É fruto, do pensamento fugitivo.



Pensar o necessário 

Falar menos do que gostaríamos 

É a receita à qual me identifiquei...

Entretanto, mal a sigo 

Por ser, humano e displicente 

Hoje acordei triste

Já faz algum tempo 

Em que não me vejo contente


 

Mas, não embarco no tédio 

Um dia após o outro...

Poderá ser, veneno ou remédio!



Lemos, 4 de novembro de 2024...

De manhãzinha.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Adeus setembro amarelo

 Acabou setembro, mas você não precisa ir

Já que, não veio por acaso, não se vá por impulso.

 E, nem sabemos, o que vem depois.

Só sabemos, que não haverá reentrada.


29/08/2024

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Onde não cabe

A dúvida está presente 

Em todos os lugares

Em todas as vidas

Às vezes, mora onde não devia 

Em outras, entra onde não cabe

E, tem sido assim 

Desde que o mundo é mundo

Em uma eterna procura.


Há tempos venho notando

Que, dúvida não é apenas...

Coisa de gente insegura

Suas dúvidas, amiúde, fazem

Outros duvidarem de você.



Diz o bordão:

Na dúvida, não faça 

Se assim fosse, o mundo

Estaria ainda mais estagnado 

Pois nada é dado como seguro

Um mês de insegurança 

É um mês não vivido.



Embora o tempo...

 Nunca tenha parado

Um mês ruminando medos 

Sem nada ter executado

Nos colocando em frente

À um futuro escuro e não sonhado.

 

A dúvida para, qualquer projeto

Até mesmo os já em andamento 

Pois ela pouco nos ensina

Uma vez, que nada, nos diz

A minha dúvida, a sua dúvida 

Não nos faz, e nem faz ou fará...

Ninguém feliz.


Lemos 

03 /07/2024


quinta-feira, 6 de junho de 2024

Opções

 


Caminhos não faltam

Estão à sua direita e esquerda 

Na sua frente, e atrás de você 

Em todos os ângulos... 

Sempre haverá um caminho 

Mas, nenhum lhe servirá 

Se não souber...

Aonde quer, ou precisa ir.


Lemos 

06/06/2024

terça-feira, 4 de junho de 2024

Sensações opostas

Despencar de um sonho 
Ou se arrastar pra fora
De um terrível pesadelo 
Sensações opostas...
E frequentes em nossas vidas 
Todos passamos por essas experiências. 
Maneiras diferentes de acordar.


E, quando é o contrário 
Quando o sonho ou pesadelo 
Estão na nossa realidade
E a porta de saída é o sono
E não há outro lugar para ir 
No caso do sonho bom
Não queremos dormir
E no pesadelo, não o conseguimos 
E nos vemos amarrados
Sem ter como sair.


Temos todos, duas vidas
Uma delas, dormindo
E a outra, estando acordados
As duas se alternando 
Se confundindo e assemelhando
A gente, levando-as...
E elas, em consequência nos levando
Entre sonhos e pesadelos.

Num mundo onde nada permanece
Vemos a vida
Inexoravelmente...
Nos matando!

Lemos
04/06/2024

Hoje é isso...
Então paro por aqui.

Vazio

 


Não busco respostas

Pois sei que não as terei

Sei quê, mesmo aqueles

Que a tudo respondem 

Também não as terão 

Dentro do admissível.


Não quero respostas 

Posto que, duvidarei de todas

Só quero ficar quieto 

Dentro da minha tristeza 

E tentando conter a revolta

Não quero respostas, nem abraços 

Apenas...

Todo o silêncio possível.


Lemos

04/06/2024

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Ave Maria!

 


Quando dizemos...

Seja feita a sua vontade!

O que estamos afirmando?

Estamos dizendo?

Se quiser quebrar minha perna

Assim seja!

Ou estamos falando?

Que sua vontade venha 

De encontro à minha.


Eu apenas, quero entender 

Quantas vontades pode ter

Alguém, que sabe ter o mundo todo

Na palma de suas, metafóricas, mãos 

Quero compreender, o real sentido

Do que vivemos repetindo 

Todos os dias, por inúmeras vezes.


Procuro entender a vontade Divina

Mas, não faço disso

Meu cavalo de batalha 

Seria enlouquecedor 

Desvendar os mistérios 

Desse tão estranho amor.


Posso estar blasfemando 

Mas, quem ainda não o fez?

Falar em fé cega, tá na moda

Pois o cego, amiúde, se deixa levar

Essa máxima, é quase que verdadeira 

Exceção, aos cegos emancipados

E abençoados, com a visão do mundo.


Qual seria, a maior vontade?

Do Onipotente, ser Celestial 

Que está em todas as partes 

E em todas religiões 

Que enxerga os conflitos 

E todos os genocídios 

Sem mover, uma palha sequer.


Livre arbítrio, dizem as escrituras 

Não é o que vemos

Nesse mundo material 

Onde, o privilegiado faz e desfaz

E só importa aquilo que quer 

E o desafortunado, fica a mercê 

De desabastecimento 

Toques de recolher, e até mesmo,

De lei marcial.

Onde vemos, a fome sobre a mesa

E muito, muito sangue no jornal.


Já não se sabe, onde se esconde

A mentira, nem onde pode estar a verdade

E as vontades do Supremo Pai

Em relação ao mundo

E não, apenas, a uma pessoa, um povo...

Um estado, um país, ou uma cidade.


Posso dizer o que sinto

Nem que caia em contradição 

Mas, pelo menos, essa noite

Desejo dormir em paz

Sabedor que amanhã o mundo

Amanhecerá igual

Porém, um tanto quanto menos populoso

Contudo, a esperança nunca morre


E, um dia...

Começa com o Pai Nosso

E se encerra, nas badaladas...

Da Ave Maria!


Lemos

23/06/2024








Já era!



Do que duvidar?

No que acreditar?

A resposta é, e sempre será:

Em nada,! E não se surpreenda!

Quando penso já ter visto 

E ouvido de tudo

Vem um novo susto 

O que me leva à conclusão 

Que o mundo, nunca foi

E jamais será, um lugar justo.



Pois justiça ⚖️ é ambígua 

E corre de acordo com o vento

O mesmo, se dá com honestidade 

Que nem sempre acompanha 

A retidão e a verdade

Ao falar em verdade

Me refiro, àquela nunca dita

Quando se faz necessário 

Duvidar de tudo é erro

Acreditar em tudo, é temerário.



Se, correr é ruim

Ficar, pode ser ainda pior

Às vezes se esconder

Pode ser o melhor 

Mesmo sendo acusado de omissão. 

Não matar, não roubar

E estar ciente, que a vida

Mesmo estando torta

É sempre a dona da razão.



 O que vi, dias atrás 

E que ainda reverbera 

Me faz afirmar com convicção 

Que tudo que aprendi...

Já era!


Lemos 

03/06/2024


terça-feira, 21 de maio de 2024

Nas asas da quimera



O sonho!
Que  nem nos meus melhores sonhos
Eu julgava ser possível 
Aconteceu!
Porém, não valeu
Não compensou o tempo 
Que fiquei sonhando 
Mesmo sem acreditar
Virou realidade.
Mas não se realizou 
Viver, nunca é em vão 
Embora, certas vezes pareça 
Mas, sonhar às vezes
É, um mimo dispensável 
Foi o que aconteceu 
Sonhei... 
Com algo inalcançável 
E quando alcancei 
Não cheguei a nada.


Entretanto, não me arrependo 
De ter imaginado 
Viver dentro de uma apoteose 
Muitos já sonharam
E muitos acordaram...
 Ou até mesmo, morreram 
Sem experimentar 
Dou como realizado
Sem, contudo, me realizar 
O que me conforta 
É a pouca durabilidade
Como, amiúde, acontece 
Com sonhos e pesadelos 
O segundo, parecendo nunca acabar, mas acabando.


Porém, por melhores, ou piores
Não duram mais do que uma noite.
Já, quando viram realidade 
Costumam durar um pouco mais
No meu caso, não foi longe
Pois a dureza que se fez
Me manteve acordado e alerta 
O suficiente, para apor o ponto final.
Há tempos,o que minimizei os sonhos
Mas, ainda contemplo o amanhã 
Porém, sem maiores expectativas 
Não ponho no prato, além do meu apetite.


Antes meus  sonhos eram ilimitados.
Hoje o meu limite é  o chão 
Não vôo nas asas da quimera 
Pois já conheço seu peso real 
E que quanto mais alto é o vôo 
Maior será a queda 
Não me faz mais, nem menos feliz
E tampouco, me faz mais triste
Apenas, mais dentro de qualquer realidade 
Que, porventura se apresente
Mantenho o sorriso 
As lágrimas, praticamente 
Já secaram, exceto diante 
De algo muito desastroso.


Mas, em se tratando de amor
Já desisti de projetar 
E tornei-o algo indolor
Quando traz consigo algum prazer
Eu por meu lado, desfruto 
Porém quando não vinga
Sou imediato em sair andando 
Um dia, alguém disse que...
Viver é melhor que sonhar 
Eu concordo, pois na vida 
Tem como mexer e adequar 
Esse mesmo alguém disse:
Eu sei que o amor, é uma coisa boa.

 
Vem, de encontro ao que outro
Não menos importante opinou
" Que seja infinito, enquanto dure"
E assim foi feito, e até hoje...
Todo amor se torna tão imenso
Quanto intenso, pena que tende a pender
Para o lado menos avisado 
Que por consequência...
 É também, o mais fragilizado.


Desencantos à parte
Não podemos nos furtar à vida
Esteja ela, complicada ou não 
Sempre terá algo de bela
E sempre será maravilhosa 
Dentro de muitos pensamentos 
E nela, sempre caberão sonhos
Realizáveis ou não 
A grande maioria não!
Devido às desigualdades
Sempre presentes...
Dentro desse globo louco
Que é o nosso planeta.


Que, durante toda sua existência 
Sempre teve histórias de sonhos
Provavelmente a maioria deles
Sendo sonhos de amor
Que, enquanto durante sonho
Todos eles são assim promissores 
Depois, cada um tomando seus rumos 
Ou, tomando as rédeas 
E tornando o sonhador, um mero passageiro.
Que é o que somos, na realidade 
Só que messa segunda 
Temos o leme na mão, vez ou outra.


Mas, sempre devemos saber
Que o final, nunca nos pertencerá 
Dadas as inconsistências nossas
E também da vida no geral.
Todavia, assim continua o mundo 
Muitos falando sobre os sonhos 
Muitos, falando sobre a vida 
E ninguém chegando a uma conclusão 
Sou um deles, e bato na mesma tecla.
Entretanto, agora sabedor
Que os sonhos continuarão 
A embalar a vida.
Como, cachorro 🐶 🐕 picado por cobra...
Tem medo de linguiça 
Agora mantenho um pé e meio atrás.


Sonhos encantados
Não me enganam mais!
Ao falar em sonhos
🦜 Falo de todas as modalidades 
Sonhos de amor 
 Esses sempre são os primeiros 
Quando o capitalismo ainda não grita
Sua voz estridente e persuasiva.


Depois então, vêm os outros
Do carro, do novo carro, do carro novo
E, por aí afora, ou adentro 
Sei lá, mas todos no mundo 
Sonham ou sonharam com carro
Principalmente os homens.
Tem, o sonho da casa própria 
Esse, quando realizado 
Traz muita alegria, mas também 
Inúmeras decepções , em alguns casos.


Vejo, pessoas imersas em pensamentos
Provavelmente, desenhando sonhos
De teores e tamanhos diversos 
Algumas delas, assim como eu
Já sabem até onde devem ir
Nesse território tão visitado 
E cada vez mais incompreendido 
Sonho, é um assunto que:
Gera mais assunto, dando pano pra 🥭 manga, pra barra e pra colarinho.


Sonho, dá palpite para o jogo
Dá palpite pra novela
E segue, embalando a vida
Que às vezes adormece
Em uma profusão de novos sonhos 
Que chegam propositalmente 
O simplesmente aparecem aleatórios 
Como folhas ao vento🍃 !
Que em dado momento 
Encontram um obstáculo 
E essas folhas, e algumas sementes 
Dão continuidade a esse universo paralelo 
Que segue de mãos dadas com o viver.
Um dando fôlego para o outro.


E é desse jeito que o ritmo 🪘 
Não deixa de existir 
É dessa maneira, que as pessoas 
São ímpares e interessantes
Aquele sonho que tive
Não teve como vingar
Outros passaram na peneira 
E o resultado foi aprazível 
E volta e meia o será 
Desde que não se sonhe 
Com o impossível do inexequível !
Que apenas, navegue dentro do sonho.
E se deixe ser navegado por ele 
Deixando o sexto sentido 
Sempre em stand bi
Caso seja necessário formatação 
E por aí vai.


Sonhos são como alguns filhos
Onde os feios não tem vez!
Piadas ridículas, de lado
Segue,  então ,a carruagem.
Que venham melhores dias...
E melhores devaneios, de todas as cores, aromas e sabores! 


 Lemos 21/05/2024

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Vegetando?




Dias atrás ouvi um sujeito 
Dizendo à um amigo
Que havia tomado todas
E chegado em casa ao amanhecer 
E que depois, ainda foi jogar bola 
Como se fosse preciso, justificou...
Que a vida, é pra ser vivida!
E que ele não ia ficar vegetando 
Ouvi, porque estava lá 
Mas, refleti, que aquilo não era...
Absolutamente, da minha conta.

Lemos
20/05/2024

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Uma psicóloga, sem o ser


Se alguém lhe perguntasse 

O que ele havia jantado ontem

Tinha que pensar um pouco

Mas, se lhe perguntasse 

Sobre um passado remoto

Tinha a resposta à pronta entrega

Ele se lembrava...

Das brincadeiras de criança 

Também recordava

As engenhocas que seu pai fazia

Dos brinquedos feitos à mão 

E de quando seu pai

Descia a pesada mão 

Sobre ele ou sobre seus irmãos.



Lembra-se desses episódios 

Com um inequívoco amor 

Nem as surras lhe deixaram rancor

Eram naturais para a época

E fundamentais para a educação 

Bons tempos, em que o rigor

Mostrava o caminho e a razão 

E que a aparente falta de amor

Mostrava, justamente o contrário 

O "Quem ama cuida", pouco falado

Naquele tempos distantes

Já ditava muitos caminhos




Áureos tempos, onde...

Se dava amor, sem o demonstrar 

Era uma reserva, que se faria ver

Diante do resultado esperado

Que, raramente falhava

Também vivi naquela época 

E vi, que poucos se desviaram

Do caminho proposto pelos pais.



Ele se lembra também da mãe 

Não tão rigorosa como o pai

Essa, já tinha abraços e beijos

Porém, não abria mão da disciplina 

E não admitia, qualquer desrespeito 

A habilidade que seu pai tinha

Em suas poderosas mãos 

A sua mãe, tinha com as palavras

Era ela, uma psicóloga sem o ser

Sempre tinha as falas certas

De acordo com o momento.

E, dentro da necessidade


Ela transmitia aos filhos

Seu sonhos, pouco ambiciosos

Mas que, se realizados

Garantiriam, noites de sono renovador

E dias, de imensa paz interior.

E, realmente, assim se fez

A  incomum, combinação deu certo!



Ele se recorda com saudade

Dos seus amigos e amigas de infância 

Dos jogos de bola no campinho 

Onde ele mais brigava do que

Jogava.

Era influência do convívio com o pai

Que vivia afirmando...

Não levar qualquer desaforo.pra casa.

E, no campinho, ele via tudo como desaforo




Quando digo que ele brigava 

Deveria dizer, que apanhava 

Pois, não tinha físico privilegiado

Perdia as brigas, mas saia inteiro 

Seu corpo já estava condicionado 

Hoje ele diz, que chegava em casa

Com o espírito apaziguado

Por ter expressado seu descontentamento.



Quando se refere aos seus...

Amigos de verdade

Fala dos amigos que ninguém precisa ter.

Aqueles que levam para o caminho

Da alegria, e da irresponsabilidade 

Os que eram sensatos, esses não serviam

Tornavam a existência monótona

Mas, foi com esses, e graças a eles

Que deixou de entrar em muitas encrencas

Amigos bons e amigos não tão bons

Lembra-se de todos com saudade

Também são parte crucial em sua formação.



Ele fala muito sobre a escola 🏫 

Recorda-se da primeira professora

Solange! Importantíssima 

Por ser a primeira...

Conceição, importantíssima+ìssima...

Por ter sido a melhor!

Maria Inês, a mais severa

Todas elas, excelentes 

A época dava aos alunos,  o melhor!

Professora de tudo, a Solange 

Conceição e Maria Inês...

De português!



Solange, lhe deu seu primeiro livro 

Conceição lhe deu sabedoria

Inês as broncas necessárias 

Todas elas, contribuíram com seu melhor,

O começo de tudo 

Seus olhos brilham, quando se refere 

À professora Conceição 

Foi, a que mais marcou.

Solange, Conceição e Maria Inês...

Quando o assunto é professora 

Ele se lembra das três!.



De professores, ele fala pouco

Eram raros naquele tempo

Porém, quando surgiram

Vieram aos borbotões 

Isso, lá pela sua sexta série 

Vieram os irmãos Genofre

O Francisco Melo, o Robertão

 E o glorioso Serjão ...

Esse também lhe marcou

Por seu jeito amistoso

E  sua praticidade com as questões 

Que a vida apresentava.



Conta ele, sobre os amigos

Que foram ficando pra trás 

Quando a vida inexoravelmente 

Seguiu o seu curso "natural"

E fala também das pessoas 

Que entravam naturalmente 

No seu enigmático mundo 

Digo, enigmático, pois ele

Era um imenso poço de curiosidade 

Segundo ele mesmo o diz.

Ele fala de alguns de seus empregos

Diz que nenhum deles lhe fez feliz

Por ser ele, um cara...

Dado ao hábito de pensar 

E tornar público seu pensamento 

Tornava-se difícil todo e qualquer relacionamento .



Sua vida amorosa 

Começou com alguns tropeços

Pois o que sabia de amor, era o que via 

Era, o que lia e o que ouvia 

O seu primeiro amor, foi contemplativo 

Era bom com as palavras

Porém, não tinha qualquer eloquência 

Dado a sua imensa timidez

Diante do sexo oposto 

Sabia ser correspondido

E até os dias de hoje, essa lembrança o corrói.



O tempo se encarregou de ensiná-lo 

E como, pra leite derramado

Ainda não apareceu remédio 

O que era pra ter sido, mas não foi

É uma amarga lembrança 

Carregada de tristeza e tédio .


Entretanto, segundo ele

Vieram outros amores

Todos no seu devido tempo

Alguns ao mesmo tempo

Pois carregava consigo...

Um sede Homérica de amor 

Não vou detalhar seus amores

Por não saber de todos 

E pela indiscrição, que representaria

Posso afirmar, que ele hoje

Se encontra feliz, junto da sua amada.



Sei disso, porque o vejo

Não o perdi de vista 

Até mesmo porquê...

Sua honradez, em muito me inspirou

E até hoje me inspira 

Um amigo, uma referência.

Os nomes dos professores 

Segundo ele,  são todos reais.

Inesquecíveis aqueles tempos.

O que almocei no domingo?


Isso não lembro mais?



Lemos

17/05/2024






quinta-feira, 16 de maio de 2024

Pitadas de aventura



Não havia escolhido 

A vida que levava

Ou, a vida que a levava

Questão, de ponto de vista

Mas, quando percebeu

Já estava embarcada

Isso não a impediu de ajustar

A sua, quase infeliz, estadia.



Nesse mundo, onde não há prêmio 

Para falta de ousadia 

Ela, não era frágil por ser mulher

Apenas tinha se deixado levar

A existência, lhe parecia vazia e escura 

Faltava, a seu ver uma ou mais

Pitadas de aventura.



Abandonar o trivial

Seria machucar pessoas

E isso, ela jamais faria

Viveria as duas vidas

Que, ali estavam prontas 

Para serem, então ,vividas

Por isso, buscou o essencial

Sem, por isso, abdicar ao convencional 

Deixando-o rodando em segundo plano.



Seria, a válvula de escape

A ser utilizada bem lá na frente 

Quando sua chama aventureira

Estivesse perto de se apagar 

A sua, tábua de salvação 

Onde se agarraria, e espernearia 

Tentando abandonar os seus pecados

Como se eles, nunca houvessem existido.



Não sei dizer, se isso funciona

Na verdade, ninguém o sabe

Uma questão nunca respondida

O mundo, volta e meia, nos engana

Entretanto, não creio ser possível 

Enganá-lo.

Pois ele segue meio torto

Através, de sendas tortuosas.



E todo, riso que rimos 

E todo, pranto que choramos

Se fundem ao longo da estrada

Uma química sem nome

Uma experiência sem resultado 

Por não ter como ser relatada

Ela se foi, alguma parte dela...

Já havia se ido, e doído demais.



Era ver, seu porto seguro 

Se desfazer pouco a pouco 

Mas, não era assim tão frágil 

A sua fortaleza

Que, suportou relativamente bem

As provas a que foi submetida 

Servindo, no final 

Ao propósito a que foi destinada.



Entretanto, assim como todo Refúgio ...

Acrescentou, segurança e longevidade.

Porém, a imortalidade...

Essa fica apenas, para os membros 

Da nossa, hoje , questionável ABL.



Gosto de observar, alguns episódios 

E analisar, mesmo que a grosso modo

Alguns fatos e algumas fotografias 

Onde sempre surge, qualquer pormenor 

Que me aguça a curiosidade.


 

Vez ou outra, me acrescentando 

Novos conhecimentos 

Ou me incentivando 

A explorar um pouco mais.




Certa vez, uma pessoa querida 

Já sentindo, o hálito da morte 

Me disse, que o tudo...

Acaba dando no nada

Frase muito comum hoje em dia

Mas, excelente para reflexão 

É o que, às vezes dou como resposta 

Às minhas, quase sempre tolas, indagações.



Ao dizer que pessoas esperneiam

Para se desfazerem dos pecados

Não estou pretendendo julgar ninguém 

Não tenho, competência, autoridade e nem direito.

Mesmo, sabendo, que se existe pecado

Todo mundo já cometeu alguns

Só sei dizer...

Que ela, partiu desse mundo 

Se ela terá as respostas

Que eu e o mundo desejamos.

Jamais o saberemos...



Que Deus a coloque em um bom lugar

No melhor lugar e tempo possível.


Lemos.

16/05/2024











quarta-feira, 15 de maio de 2024

Diversidade.



A Diferença, passou por mim

Olhei para trás 

A Diferença, também o fez

Com um ar de desaprovação.



Acenei e sorri...

A Diferença retribuiu

Aparentando serenidade 



A paz se fez...

E, as "diferenças"

Se findaram de vez.


Lemos

15/05/2024

Não se aprende a ser sábio


Lembrando o passado
O óbvio, se afirmando
Simples dizer...
Apenas lembrando!
É isso que fazemos
Projetamos um futuro 
Enquanto vivemos o agora
Ruminando as escolhas 
E, aos poucos digerindo os fatos
Que insistem em se afirmarem


A vida seguindo seu curso
Dentro de uma enigmática aparência 
Onde, há esforço que valha 
E, tentativas falhas
É essa, a essência da vida
Algum acerto de vez em quando 
Cabendo, vez ou outra, uma comemoração 🎀 


E os sonhos esses, amiúde, permanecem
E dão margem a outros
É isso que nos impulsiona 
E nos dá razões pra seguir 
Fazemos algumas escolhas
Umas no tempo certo
Outras tantas precocemente 
Ou até mesmo, tardiamente.


E dentre essas escolhas 
Aparecem algumas equivocadas
Mas, isso também é factível 
Pois a vida segue o curso natural 
Porém, às vezes sofre algum desvio 
O que, não é o fim do mundo
Apenas, histórias sendo esculpidas.


Já vimos quase tudo
Contudo, ainda falta muito
Pois o repertório da vida
É imprevisível e infinito 
Embora, a nossa vida não o seja 
Nascemos, para outros irem
Partimos, para novas chegadas
O mundo tem muito a oferecer
Mas, é limitado o que nos dá.


Mesmo os que crêem ter muito
E os que acreditam ter tudo
Nada sabem da vida
Rico é o que sabe quê:
Nem tudo se pode ter 
Sábio, é aquele
Que admite pouco conhecer.
Pois moldar-se às realidades 
É menos mal, que ignorar 
As incontestáveis verdades.


Não se aprende a ser sábio 
Tampouco, a ser louco
Não há preparo para nenhum 
Ninguém nasce feito
A sociedade tenta nos modelar 
E às vezes consegue 
Em um ou outro quesito 
Mas, não conta com o imponderável 
Que pode mudar a rotação 
A opção e a trajetória.


Dando, outros rumos
Ao mais elaborado roteiro 
Já vi isso acontecendo
Dentro de muitas histórias 
Que eram tidas como consumadas
Não digo, que o sonho 
Deve ser posto em segundo 
Nem que os planos
Devem ser abandonados
Isso, certamente tiraria 
Todo e qualquer sentido 
Dentro de uma existência.


Simplesmente acredito
E, querendo ou não, pratico
A opção de uma nova alternativa 
De um recuo estratégico 
Talvez até, diminuir o tamanho da meta
Para depois voltar a ela na totalidade 
Procuro ver o que a vida pede
E priorizar o que realmente preciso.


Já me dei bem
Já me dei mal
Já chorei, também já sorri
Talvez em igual quantidade 
Ou talvez, um pouco mais
Para um dos lados
Como todo mundo, já sofri 
E, me afirmo muito feliz...
Por ainda estar aqui!

Lemos 
15/05/2024.








terça-feira, 14 de maio de 2024

Um tiro no pé

 


Quando jurou a si mesmo

Fazer o bem, sem olhar

Jurou uma grande mentira 

Pois o bem, não é um fato

Que se possa afirmar 

Ser algo consolidado

E quem ajuda, sempre escolhe 

De acordo com o merecimento 

Ou com a repercussão do ato

Ninguém ajuda um desafeto

Por mais que ele necessite...



Mas, ajuda o amigo

Por menos que ele precise

E por menos, que ele mereça 

Às vezes, ajuda-se em uma mentira 

E isso nada tem a ver

Com fazer o bem.



Vejo gente destoando da lógica

E, realmente ajudando

Um possível inimigo

Mas, apenas para humilhar

E mostrar, quem está por cima

Isso não se trata de uma boa ação 

Apenas, de alimentar o monstro

E sua sede de vingança.



Falam muito em humanismo 

Quando a humanidade já se perdeu

Dentro de velhos conceitos 

Ou de novas realidades 

Que, por serem fatos

Não significa serem aprazíveis 

E nem definitivos

E isso se aplica a todas as coisas.

Pois tudo tem seu prazo de validade 

Seja a longo ou curto prazo.



Não pretendo aqui

Buscar soluções, nem consertar nada

Pois sei, que as soluções são temporárias

E que, muitas indagações 

Só o tempo é capaz de responder

E nem sempre a resposta é satisfatória 

Mas, as lições não deixam de vir

Uns aprendem, outros não! 



Já tive, muitas revelações 

Entretanto, achei conveniente ignorar 

Algumas delas, o tempo se encarregou 

De esfregar algumas vezes na minha cara

E, foram novamente ignoradas

Por achar mais confortável 

Entretanto, o tempo não para

E volta e meia, nos mostra

O estrago, que faz no mundo

E também nas pessoas .



Mostra também a  bagagem 

Que cada um carrega

Ou que deixou para trás 

Por não conseguir, ou não querer carregar

E com certa ironia, nos dizendo 

Que não se recupera o que perdeu

Ou aquilo a que se renunciou.



Também já me propus a ajudar 

Mas, nem sempre, o que parece é...

Algumas vezes tive a sensação 

De realmente, ter ajudado 

Em outras tantas, a certeza

De um tiro no pé .



Porém, quem como eu é impulsivo 

Tem como objetivo o  próximo segundo

Apesar de saber que um ato isolado 

Não mudará a cara do mundo

Nem deterá sua marcha

Rumo a mais degradação 

Mas, todos sabemos quê 

O mundo já começou assim 

E atingiu uma boa longevidade.



Ele jurou fazer o bem

Sem escolher a quem 

Eu nada jurei!

E cometi erros, tentando acertar

Há, os que erraram conscientes

Em busca de comodidades.

Num mundo de mentiras 

Contrastando com as verdades 

Não tem como saber como será 

Resta fazer escolhas quando possível 

E engolir sapos, ao não ter outra opção .



Quem tem razão é a vida

Que bem ou mal...

Foi feita, para ser vivida.


Lemos 14/05/2024







segunda-feira, 13 de maio de 2024

A voz de Deus

 


Moro em uma pequena cidade 

De noite, escura...

De dia, obscura

Onde tem esgoto a céu aberto 

E ditador na prefeitura 

Cidade, onde têm ratos

De todas as modalidades 

Onde as mentiras, constantemente 

Se sobrepõe às verdades



Cidade "incompletável"

Mas, que se crê, mais que completa 

Onde as pessoas se submetem

Mas, tentam manter o orgulho 

E a espinha ereta.

Contudo, engolem o que lhes é permitido 

E seguem suas vidas

Teimando, em acreditar na felicidade.



E sempre sonhando em prosperar 

Em um terreno infértil...

Propício, apenas para os parasitas 

Que estão prestes a ir embora 

Pois, o que havia para sugar

Já foi sugado.



Um lugar, que vai virar deserto 

Pois, promete apenas, horrores

Para quem não acompanhar 

Os primeiros desertores 

Para onde irá esse povo?

Não há como dizer

Pois existem poucos lugares

Onde se possa ficar no mundo.



E quase, que tanto faz

Morrer, de tristeza e escassez 

Ficando na própria cidade

Ou sair para morrer

Diante de uma outra realidade 

Estranhamente parecida

Com a que ficou para trás.



Quem sabe, entrar em uma bolha

Como nos filmes de ficção 

E sair dela, trezentos anos depois 

Em uma outra paisagem 

Esperando por novos fatos

Mas, se deparar, sendo pisado 

Por quem deveria ampará-lo 

E, comidos, pelos enormes ratos!

Que serão parecidos...

Com os ratos, do longínquo passado.


Só que, mais numerosos e infinitamente maiores.

E assim, ver o sonho virar pesadelo 

Como, amiúde, acontece 

Com essa camada chamada, povo 

Que se denomina, como a voz de Deus...



Doce ilusão!

Eu acredito quê, se a voz de Deus

Um dia se fez ouvida 

Hoje ela, se encontra calada...

E, quando a voz divina

Não tem nada a dizer

Eu, resignado, vejo...

Que não há nada a se fazer?



Pois, se o que tinha de ser chorado

Já o foi por completo 

Então, não havendo mais

Lágrimas a derramar

E com todos ombros desativados

É, engolir a tristeza

Sem rebeliões e protestos

A Inês, estando já morta

Não há nenhuma fórmula mágica 

Não há bússola sem norte...



Nem placa de saída 

Seja ela reta ou torta

Quando não se tem para onde ir

Nem se deixar ao Deus dará 

Pois ele já deu...

 E, deixamos alguém tomar.

E já, que não resta o choro

Pois ele já está vencido

Pelo menos, um resquício de dignidade 

Vendo o fim...

E sabotando, um último gemido.


Lemos

13/05/2024








sexta-feira, 3 de maio de 2024

Melhor sonhar calado.

 


Não seria nada fácil

E ele bem o sabia

Porém, ele se afirmava

Como o cara mais Fodão

Que no mundo conhecia

Ele não era assim

Do jeito que acreditava.

 

 

Mas, coragem era algo

Que quase não lhe faltava

Não era ele, uma fortaleza

Porém, não vivia caindo

Aqui e ali adiante

Até mesmo porque

Não era uma empreitada

Que lhe exigiria qualquer força

Além da força de vontade.

 

 

E vontade...

Era, o que ele mais sentia

O que estava em jogo

Era seu atual grande sonho

Conseguir o objetivo

Seria o trinfo e a glória

Não conseguir seria.

Uma experiência vexatória.

 

 

Pois para quem se intitula Fodão

Fracassar é como assinar...

Seu certificado de Fanfarrão!

 

Lemos

03/05/2024

 

 


Feedback

 



Não gosto do termo, correr atrás

É uma confissão velada de estar atrasado

Ou de ter sido abandonado à sorte

Correr atrás, sempre me soou estranho

Talvez, por nunca o ter feito.

Dou o perdido, como perdido

Não corro atrás do ônibus

Ou, para tomar o trem.

 

 

Trocando tudo isso em miúdos

Jamais na vida me vi correndo

Atrás de algo, ou de alguém.

Toda oportunidade que é perdida

Deve ser tratada como ocasião já ida

O tempo sempre segue em frente

Mesmo porquê pela lógica

Nada no mundo segue, senão adiante.

 

 

Mas, sem liberdade de expressão

Passamos a ser assinantes

Da triste ironia da contemplação

Onde o mundo, faz e a gente assiste

Passivo, submisso e resignado

E não é exatamente esse tipo de resignação

Que põe a vida nos trilhos.

 

 

Aceitar uma perda, não deve ser visto

Como fracasso ou prejuízo

É pensar na sequência do existir

E, elaborar nova meta

Ou abordar a antiga de maneira diferente

Aí quem sabe, a vida lhe dê um retorno.

 

 

O tal de feedback, palavra da moda

Que faz alguns se sentirem mais importantes

Pelo simples fato de pronunciá-la

Seja, corretamente ou não

Mas, correr atrás no esporte é válido

Pois não dá para todos largarem na frente.

 

 

Mas, no relógio da vida

Vejo tudo isso de forma diferente

Mas, não condeno quem corre atrás

Quase todos os santos dias

Por ter dormido um pouco mais

O tempo, é uma das coisas

Que a pessoa deve saber respeitar.

 

 

Afinal!

O relógio é imparcial e não perdoa

Abrem-se as cortinas

E o espetáculo se inicia

E quem desejar ver na íntegra

Tem que tentar no outro dia

Se ainda estiver em cartaz

Tempo de dever, tempo de lazer

Tempo de oração

Tudo tem seu lugar e hora.

 

 

Tempo perdido, não é recuperado

É máquina, sem possível conserto

Tentar recuperá-lo, pode dar

Em um desastre irremediável

O ideal seria assimilar o golpe

E esperar o round seguinte

Entretanto, para os que correm

Atrás do prejuízo ou do lucro

Eles têm, todo meu respeito.

 

 

Pois cada um é cada qual

E merece viver do seu jeito

Que somente a vida e o tempo

Podem mudar ou não

Na existência, acredito eu...

Que tudo, tem a sua razão

Mesmo que seja educativa

Ensinando-nos o que se deve

E o que não se deve fazer.

 

 

Um tombo ou uma trombada

Podem mudar uma trajetória

Seja ela, certa ou errada

Mas é inegável que no final...

 Sempre haveremos de ter....

Uma história!

 

Lemos

25/09/2022

 

 

 

 

 


quinta-feira, 2 de maio de 2024

Fujo, de com quem me pareço.

 


Foi assim procurando 

Que nada encontrei 

Pois não sabia o que procurava 

Virei o mundo, por assim dizer

Mas, não saí do lugar 

E nem, da mesmice das pessoas

E hoje lembrei da minha mãe 

Que vez por outra dizia:

( Se junta, quem se assemelha).



Frase noventa por cento verdadeira 

Dependendo da época e do momento 

Hoje fujo, de com quem me pareço. 

Pois, minha mãe também dizia...

(Dois bicudos não se beijam!)

 Dito, que também caiu por terra

Hoje, vejo muitos bicudos e bicudas

A se beijarem descaradamente

 Minha mãe, afirmava repetidamente...

Que, ninguém perde por esperar.


 

Já perdi muito, por esperar

E também por não esperar

O que derruba o clássico 🏛️ 

Maomé vai à montanha...

Já morri, por vezes ao pé dela

Sei que sonhos

Às vezes se distanciam da realidade 

Contudo, tem gente, que pode sonhar 

Com tudo aquilo que quiser

Pois tem o 💶💰 direito 

De moldar seus próprios sonhos .



Mas, nada mais honesto 

Do que, um dia após o outro 

Onde entramos em um sonho 

Ou, talvez, em um pesadelo 

Ou saímos, de um dos dois

E percebemos que poder, e sofrer

Têm prazo de validade

O segundo, um pouco mais  elástico.


Alguém haverá de questionar 

Se tenho ou tive pai

Sim, eu tive!

Embora, com ele não tenha aprendido 

Muito além do suficiente 

Ele não era dado a provérbios 

Mas, era exímio contador de histórias 

Na grande maioria sobre assombrações 

Foi com ele, que aprendi a sentir medo.



Um dos poucos ditados que ouvi

Da boca de meu pai...

Foi o do macaco velho 

Aquele que não punha a mão 

Em cumbucas, ou outro buraco qualquer 

Desdenhei em silêncio 

E depois, muito depois!

paguei o devido tributo .

Por colocar a mão e o nariz

Onde não era aconselhável .



Tive um bom exemplar de pai

Para os  moldes daquela época 

Teria sido ele, o melhor exemplo 

Não fosse sua irritabilidade 

Da qual não me orgulho 

De ter herdado um bocado.

Entretanto, aprendi a ser grosso

Sem perder a linha

E sem avançar qualquer sinal.



Com ele, aprendi a apenas querer 

Aquilo que me pertencia por direito 

Sou grato ao meu pai

Por não me ensinar a ganância 

E nem me deixar picar

Pelo inseto 🐜 da inveja.

Posso me afirmar feliz

Mesmo que, às vezes, pelo avesso 

E por caminho áspero e tortuoso

Mas quê, por sua vez, me assegurou 

Um presente, assaz honroso.


Lemos 

02/05/2024




quarta-feira, 1 de maio de 2024

Pelo final da viagem!

 




Caridade pega mal.

Quando não é de verdade

Quando é posta no jornal.

É isso que as pessoas

Vem fazendo dia após dia

Tentando enganar a verdade

Enquanto ela esta dormindo.



Mas, no momento em que acordar

Vai gritar aos quatro ventos

E trazer à tona o tamanho

Do pecado cometido

E a cobrança será inevitável

Caridade politica é mentira escandalosa

Falsidade escancarada!



Aceita pelo desespero ou....

Por sentimentos análogos

Onde o que importa é a vantagem

Mesmo que momentânea

Uma sentença assinada à punho

Em uma decisão errônea

Cujo preço, é maior que o beneficio

Onde o mal devia ser extirpado no inicio.



Mas, o mundo vem seguindo assim

Desde os tempos mais remotos

E, embora o homem tenha evoluído

Não comediu seus maus instintos

E dá prioridade à lei da vantagem

E só vai dar voz à razão

Lá pelo final da viagem

Onde não haverá forças 

E nem tempo para recomeçar.



Só restará vestir o terno de madeira

E ter pela frente

Uma nova "vida" inteira

Onde o calor prevalecerá

E, embora não se acostume

Aos gritos, haverá de suportar

Aquilo que será sua nova vida

Onde não haverá qualquer caridade.



E  a dor será...

A única verdade...

É o que ouço dizer, e gostaria que fosse 

Exatamente desse jeito

E que tudo não terminasse

Em pizza , ou em flores

Nada mais justo, que um caldeirão ardente

Pra quem semeou ,um mundo de horrores.


Onde, o que realmente acreditou

Foi humilhado e esmagado

Sem qualquer resquício de piedade

Oxalá, a verdade definitiva

Seja, realmente, de verdade!


Lemos

01/05/2024



segunda-feira, 29 de abril de 2024

Não precisa dar na vista

 


Quem quer, sofrer por amor?

Quem quer, morrer de amor?

Acredito, que ninguém

E que, pouca gente quer amar

Mas, todo mundo quer ser amado

E até quem não quer amar...

De repente, se pega amando.

 

 

Às vezes, um amor que bate

E que acaba doendo

Que, aos poucos vai machucando

Roubando a paz e a calma

Envenenando a mente

E sacrificando a alma.

 

 

Amor, é para ter duas vias

E feito para ir e vir

Porém, quando só vai

Ou quando somente vem

Não terá sido para o bem

Não será validado para ninguém.

 

 

Amor, não é para tirar vantagem

É apenas para ser vivido

Dar brilho à existência

Não veio para o bel prazer

De quem vive de aparência

Amor não precisa dar na vista

Nem ter sabor de conquista.

 

 

Mas, nem sempre o amor

Mostra o propósito a que veio

Por não encontrar o pano de fundo

Que lhe dará a cor verdadeira

Amor ansioso, é tão nocivo

Quanto o amor de brincadeira.

 

 

Pois, em determinada hora

Um amante ri...

Enquanto o outro chora

Amar, é viver o momento

E não criar expectativa

Pois, a mais nobre das chamas

Não fica eternamente viva.

 

 

E quando ela perdura

Não permanece exatamente igual

Pois, o combustível sempre muda

E o clima, tem sua influência.

Infinito, enquanto dure!

Dizia o maior conhecedor

Que arrancava suspiros e lágrimas

Quando se referia ao amor.

 

 

Já andei por esse caminho

E representei vários personagens

já fui!

O que chorou, o que sorriu

O que correu atrás

Já fui também, o que fugiu

O que ganhou e o que perdeu

O que ficou sem rumo

E esqueceu da trajetória.

 

 

Já fui!

O que morreu de amor

Mas, voltou...

Para contar a história!

 

Lemos 29/04/2024

 

 

 

 

 

 

 


quinta-feira, 25 de abril de 2024

 


Todos são donos da razão 

Em determinado momento 

Mesmo quando não a têm 

É assim que vejo

Nos lugares em que ando

Todo mundo certo 

E o mundo sempre toirto 

Até pouco tempo atrás 

Isso me surpreendia 

Mas, hoje faz parte do dia a dia.



Por isso mesmo...

Falo menos do que costumava

E busco, ouvir menos do que ouvia

Se o mundo, um dia, esteve na linha 

Hoje está completamente fora dela

Temos, e quase que entendemos

a inteligência artificial .



Contudo, ainda nos decepcionamos 

Com a inteligência natural 

Que, enquanto a máquina avança 

O ser humano se esvai

E parece correr de encontro ao fim 🔚 



Sei que a vida do homem é breve

E que intuição, também engana

E que sendo assim, abrevia-se também

O Fim da raça humana.

É opção, viver só e não procriar

Viver acompanhando e também 

Não procriar!

Aumentaram os gêneros 

E reconheceram os direitos

Que todos eles, realmente têm .



Todas as categorias, são livres

Para viver as suas realidades 

Mas, voltando às razões 

Elas se irão, junto com a humanidade 

E a razão será, enfim...

Da flora e da fauna

Onde vivem as plantas

E os "bichos" de verdade.



Já vi nação, antes limitando a natalidade 

E hoje, incentivando a procriação 

O que, leva a crer quê:

Nunca  predominou a razão.

Entretanto, embora tenha meus conceitos 

Não quero incutir no mesmo engano

E nem quero que alguém me siga

E que não me tenha como certo.



Não descobri nenhuma novidade 

E nem desejo ser descoberto 

Até mesmo, porque 

O Mundo, nos coloca contra

O implacável paredão 

Onde, tradição, passa a ser homofobia, xenofobia, feiofobia

E um tanto de outros afins.



Aprendi a quase dizer...

Para depois, possivelmente, me desdizer

Tudo isso  nome e em prol...

Do meu direito de sobreviver

Sem receber nenhum rótulo 

Desses que a mídia nos apõe 

E tatua em nossa pele.


Aprendi que para prosseguir 

Há de se prosseguir calado

Ou talvez, quem sabe...

Repetindo ridículos jargões 

E para não ser mal interpretado 

Vou escolher a primeira opção 

E deixando à todos, todas e "todes".

O meu melhor abração!


Lemos 25/04/2024






segunda-feira, 22 de abril de 2024

 


Talvez , seja eu, propaganda enganosa 

Minha discrição 

Me empresta ares de moço bom

Minha timidez 

Faz alguém me passar a vez em algumas ocasiões 

Meu silêncio insinua inteligência 

Meus préstimos sugerem subserviência .



Não sei dizer, se são ou não 

Impressões, realmente boas

Mas, sempre encontro boa recepção 

Na maioria das pessoas.

Sou desse jeito, desde pequenino 

Alguns ajustes se fizeram necessários

Mas minha essência permanece 

Não grito ao mundo minhas qualidades 

Pois para mim, elas são duvidosas.



Procuro, incansável, não me achar

Entre as muitas propagandas enganosas

Dessas com as quais 

Tropeçamos dia após dia

Já tentei ser eloquente 

Não consegui 

Já procurei ser sorridente.

Não deu, o sorriso não valeu,!

Contei uma piada, ninguém riu!

Fui numa uma festa, não fui notado

Só sou visto quando estou...

Cabisbaixo e calado

E é assim, que pareço ter valor

Todos precisam de afirmação 

Embora possam passar sem ela.



Sonhar é plausível 

Mas, a vida não é e jamais 

Será bela na sua totalidade

Talvez eu seja mesmo, propaganda enganosa 

Mas, não vendo as virtudes

Que aparento ter

Não quero servir nos pés de ninguém 

Apenas, prosseguir dentro

Da minha real ou suposta verdade.



Se sou uma fraude, ou não 

Não sou, uma situação fraudada

Não grito ao mundo

Ser isso, ou ser  aquilo

Prático o que acredito ser o certo

Só o tempo dará, ou não a resposta

Talvez eu nem esteja presente 

Para conhecer o veredito .



Entretanto.nesse mundo conturbado

Onde o feio, pode parecer bonito

E o bonito, ser apenas, opção 

Em um planeta diverso

Repleto, de gostos e gêneros 

É válido, todo e qualquer resultado!


Lemos 22/04/2022




Melhor do que nada!

 


Nem sempre, o que pensamos

É o que fazemos 

Se assim fosse a ordem

Estaria comprometida 

Num mundo de mandantes

E repleto de mandados

Passamos a vida entre vários sonhos.

E, bem poucas realizações .



Assim é com os mandados 

E também, com os mandatários 

Cujo apetite é imensurável 

E o medo de perder as posses 

E também o poder, é o grande pesadelo 

Enquanto isso, a grande maioria

Vai sobrevivendo com as sobras

Que o mundo maior, da feliz minoria

Vai deixando para trás .



E essa extraordinária maioria 

Quando tem um carro ou moto 

Ou, até mesmo, uma bicicleta 

Certamente, esses bens...

Já foram de alguém ou de alguns 

Num passado não muito distante 

E já não são assim tão "usáveis" .



As palavras dessa classe, são mais

De auto consolo, do que de afirmação 

Tais como: "Melhor do que nada" ou "O pouco com Deus é muito"

E assim, a vida vai, pois tem que ir

O mundo não pode parar!

De vez em quando um sorriso

Para animar, ou para enganar

Dependendo em qual prateleira 

A pessoa em questão se encontra.


 

Eu por meu lado, ciente da minha posição 

Nem sempre digo o que penso

Em nome da razão...

De ser e de existir

Não sonho alto, e procuro não sofrer

Para, assim, não precisar

Ser consolado, ou me consolar .



Quase conformado, sigo

E não conclamo por seguidores 

Meu velho carro, pede manutenção 

Meu estômago prefere alimentação 

O carro vai esperar...

Resto de rico, pode ficar na fila

A sequência da vida...

 Não!


Lemos 22/04/2024