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segunda-feira, 3 de junho de 2024

Ave Maria!

 


Quando dizemos...

Seja feita a sua vontade!

O que estamos afirmando?

Estamos dizendo?

Se quiser quebrar minha perna

Assim seja!

Ou estamos falando?

Que sua vontade venha 

De encontro à minha.


Eu apenas, quero entender 

Quantas vontades pode ter

Alguém, que sabe ter o mundo todo

Na palma de suas, metafóricas, mãos 

Quero compreender, o real sentido

Do que vivemos repetindo 

Todos os dias, por inúmeras vezes.


Procuro entender a vontade Divina

Mas, não faço disso

Meu cavalo de batalha 

Seria enlouquecedor 

Desvendar os mistérios 

Desse tão estranho amor.


Posso estar blasfemando 

Mas, quem ainda não o fez?

Falar em fé cega, tá na moda

Pois o cego, amiúde, se deixa levar

Essa máxima, é quase que verdadeira 

Exceção, aos cegos emancipados

E abençoados, com a visão do mundo.


Qual seria, a maior vontade?

Do Onipotente, ser Celestial 

Que está em todas as partes 

E em todas religiões 

Que enxerga os conflitos 

E todos os genocídios 

Sem mover, uma palha sequer.


Livre arbítrio, dizem as escrituras 

Não é o que vemos

Nesse mundo material 

Onde, o privilegiado faz e desfaz

E só importa aquilo que quer 

E o desafortunado, fica a mercê 

De desabastecimento 

Toques de recolher, e até mesmo,

De lei marcial.

Onde vemos, a fome sobre a mesa

E muito, muito sangue no jornal.


Já não se sabe, onde se esconde

A mentira, nem onde pode estar a verdade

E as vontades do Supremo Pai

Em relação ao mundo

E não, apenas, a uma pessoa, um povo...

Um estado, um país, ou uma cidade.


Posso dizer o que sinto

Nem que caia em contradição 

Mas, pelo menos, essa noite

Desejo dormir em paz

Sabedor que amanhã o mundo

Amanhecerá igual

Porém, um tanto quanto menos populoso

Contudo, a esperança nunca morre


E, um dia...

Começa com o Pai Nosso

E se encerra, nas badaladas...

Da Ave Maria!


Lemos

23/06/2024








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