Quando dizemos...
Seja feita a sua vontade!
O que estamos afirmando?
Estamos dizendo?
Se quiser quebrar minha perna
Assim seja!
Ou estamos falando?
Que sua vontade venha
De encontro à minha.
Eu apenas, quero entender
Quantas vontades pode ter
Alguém, que sabe ter o mundo todo
Na palma de suas, metafóricas, mãos
Quero compreender, o real sentido
Do que vivemos repetindo
Todos os dias, por inúmeras vezes.
Procuro entender a vontade Divina
Mas, não faço disso
Meu cavalo de batalha
Seria enlouquecedor
Desvendar os mistérios
Desse tão estranho amor.
Posso estar blasfemando
Mas, quem ainda não o fez?
Falar em fé cega, tá na moda
Pois o cego, amiúde, se deixa levar
Essa máxima, é quase que verdadeira
Exceção, aos cegos emancipados
E abençoados, com a visão do mundo.
Qual seria, a maior vontade?
Do Onipotente, ser Celestial
Que está em todas as partes
E em todas religiões
Que enxerga os conflitos
E todos os genocídios
Sem mover, uma palha sequer.
Livre arbítrio, dizem as escrituras
Não é o que vemos
Nesse mundo material
Onde, o privilegiado faz e desfaz
E só importa aquilo que quer
E o desafortunado, fica a mercê
De desabastecimento
Toques de recolher, e até mesmo,
De lei marcial.
Onde vemos, a fome sobre a mesa
E muito, muito sangue no jornal.
Já não se sabe, onde se esconde
A mentira, nem onde pode estar a verdade
E as vontades do Supremo Pai
Em relação ao mundo
E não, apenas, a uma pessoa, um povo...
Um estado, um país, ou uma cidade.
Posso dizer o que sinto
Nem que caia em contradição
Mas, pelo menos, essa noite
Desejo dormir em paz
Sabedor que amanhã o mundo
Amanhecerá igual
Porém, um tanto quanto menos populoso
Contudo, a esperança nunca morre
E, um dia...
Começa com o Pai Nosso
E se encerra, nas badaladas...
Da Ave Maria!
Lemos
23/06/2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário