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terça-feira, 14 de maio de 2024

Um tiro no pé

 


Quando jurou a si mesmo

Fazer o bem, sem olhar

Jurou uma grande mentira 

Pois o bem, não é um fato

Que se possa afirmar 

Ser algo consolidado

E quem ajuda, sempre escolhe 

De acordo com o merecimento 

Ou com a repercussão do ato

Ninguém ajuda um desafeto

Por mais que ele necessite...



Mas, ajuda o amigo

Por menos que ele precise

E por menos, que ele mereça 

Às vezes, ajuda-se em uma mentira 

E isso nada tem a ver

Com fazer o bem.



Vejo gente destoando da lógica

E, realmente ajudando

Um possível inimigo

Mas, apenas para humilhar

E mostrar, quem está por cima

Isso não se trata de uma boa ação 

Apenas, de alimentar o monstro

E sua sede de vingança.



Falam muito em humanismo 

Quando a humanidade já se perdeu

Dentro de velhos conceitos 

Ou de novas realidades 

Que, por serem fatos

Não significa serem aprazíveis 

E nem definitivos

E isso se aplica a todas as coisas.

Pois tudo tem seu prazo de validade 

Seja a longo ou curto prazo.



Não pretendo aqui

Buscar soluções, nem consertar nada

Pois sei, que as soluções são temporárias

E que, muitas indagações 

Só o tempo é capaz de responder

E nem sempre a resposta é satisfatória 

Mas, as lições não deixam de vir

Uns aprendem, outros não! 



Já tive, muitas revelações 

Entretanto, achei conveniente ignorar 

Algumas delas, o tempo se encarregou 

De esfregar algumas vezes na minha cara

E, foram novamente ignoradas

Por achar mais confortável 

Entretanto, o tempo não para

E volta e meia, nos mostra

O estrago, que faz no mundo

E também nas pessoas .



Mostra também a  bagagem 

Que cada um carrega

Ou que deixou para trás 

Por não conseguir, ou não querer carregar

E com certa ironia, nos dizendo 

Que não se recupera o que perdeu

Ou aquilo a que se renunciou.



Também já me propus a ajudar 

Mas, nem sempre, o que parece é...

Algumas vezes tive a sensação 

De realmente, ter ajudado 

Em outras tantas, a certeza

De um tiro no pé .



Porém, quem como eu é impulsivo 

Tem como objetivo o  próximo segundo

Apesar de saber que um ato isolado 

Não mudará a cara do mundo

Nem deterá sua marcha

Rumo a mais degradação 

Mas, todos sabemos quê 

O mundo já começou assim 

E atingiu uma boa longevidade.



Ele jurou fazer o bem

Sem escolher a quem 

Eu nada jurei!

E cometi erros, tentando acertar

Há, os que erraram conscientes

Em busca de comodidades.

Num mundo de mentiras 

Contrastando com as verdades 

Não tem como saber como será 

Resta fazer escolhas quando possível 

E engolir sapos, ao não ter outra opção .



Quem tem razão é a vida

Que bem ou mal...

Foi feita, para ser vivida.


Lemos 14/05/2024







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