Marina!
Filha única de pais zelosos
Recebeu o que de melhor
Eles
podiam lhe dar.
Estudou balé, aprendeu inglês,
Frequentou os melhores colégios.
E à medida que crescia
Mais linda ficava a meiga menina.
Cabelos escuros e sempre curtos
Olhos castanhos claros...
Lábios pequenos e face rosada.
Chamava atenção por onde passava.
Chamou atenção também do novo vizinho.
Dez anos mais velho com má reputação
Cobiçava Marina quando passava
Em frente do seu portão.
O flerte teve êxito, a menina.
Começou a olhar também
O bruto e asqueroso Tonhão.
Infelizmente, o amor deixa cego.
E rouba também a razão
Marina foi morar na casa dele.
Assim que acabou a lua de mel
A pobre menina conheceu a dor.
Primeiro a dor emocional...
Desprezo e humilhações.
Depois a física no início com tapas
E depois socos e pontapés.
Não podia pedir socorro
O medo era seu algoz
Sofreu por longos cinco anos
Até que um dia por tráfico
A policia levou Tonhão.
Libertando assim...
Marina dessa desastrosa união.
Voltou, então, morar com seus pais.
Não era mais a mesma menina
Sua alma não tinha mais o brilho de
antes.
Concluiu seus estudos e foi trabalhar
A vida lhe trouxe um novo romance
Deixou Tonhão para trás.
E agora, quem lhe rouba o sono
É a linda e meiga Solange...
De voz rouca e fala bonita
Queira Deus!
Que a história não se repita.
Antônia Maria
24/07/2016
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