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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Dizendo, desdizendo e ouvindo trombetas




Vou lhe dizer!
Do meu amor
Que já não é
Do mesmo tamanho
Mas, continua imenso.
Em menor proporção
E com perceptíveis falhas
Em sua respiração.



Vou lhe falar de mim!
Que jurei ser seu
Até o fim
Fim!
Que vejo se aproximando
E tento abraçá-lo
De vez em quando
Pra deixar de ser seu
E mesmo, quase morto.
Voltar enfim!
A ser meu.



E...
Desse modo vislumbrar
Minha volta à vida
Com meus olhos
Novamente fitando
Qualquer coisa no horizonte
E meus pés timidamente
Ensaiando adentrar a ponte
Para buscar novo espaço
Dentro de minhas possibilidades.



Vou lhe dizer!
Das inúmeras mudanças
Que vieram depois
Daquele dia escuro
Em que meu coração
Foi duramente golpeado
Vou lhe falar do meu amor
Que foi à lona.



Mas, ainda não se vê
Como nocauteado
Por ainda sentir a brisa
E achar a manhã linda
Mesmo estando quebrado
Quase que ao meio
Mas crendo que o Pai
Não fez o mundo pra ser feio.



Vou lhe falar das trombetas
Que um dia o Maluco ouviu
E que, quase ouço agora
Anunciando que tudo
Tem a sua hora
De começar e terminar
E nesse exato momento
Dou como perto
O fim de meu sofrimento.



Posso estar dizendo besteira
Mas que seja verdade
De uma...
Ou de outra maneira!
Vou lhe falar do meu amor
Que não esbanja vitalidade
Que estertora!
Mas, ainda...
Cheira como verdade.



Verdade...
Não muito clara
Como a luz do dia
Mas quê...
Mesmo assim respira
Com certa dificuldade
Vou lhe falar que ainda
Encontro-me aqui!
Porém, minha identidade.


Essa!
Agoniza e teima...
Embora que, muito pouco.
Na fria U. T. I
E mesmo quase parado
Ainda não tenho como finda
A minha história de vida
Mal vivida e mal contada
Minha existência no amor 💓
Praticamente ignorada.



Vou lhe dizer!
Que se for pra me bater
Melhor, então, me esquecer
E me deixar à própria sorte
Quem sabe!
Assim eu sobreviva
Ou encontre vida
Dentro da paz
Que possa, enfim, me trazer...
A compadecida morte!




Lemos
19/05/2016


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