Foi difícil ver
Sob a luz da verdade
Quando a mentira
Era a verdade da vez
Que não admitia
Renúncia ou negação
Vivi a mentira
Em troca de aprovação.
Fui aprovado e condenado
Para um futuro
Que estava logo à frente
E sem saída honrosa
Pois toda realidade
Era fada mentirosa.
Cuja varinha encantada
Prometia mundos
Mas não entregava nada
Tarde para chorar
O futuro chegou
Como fatídico presente
Que minha desatenção
Inclemente me legou.
Esperneio, tento fugir.
Mas a verdade verdadeira
Não se deixa maquiar
Tampouco iludir
Tenho que engolir
Um a um
Os frutos aos quais
Deixei-me cultivar.
Choro por dentro
Minha aspereza...
Não deixa rolar
As lágrimas represadas
Olho à frente
Não há estradas
Com placas verdadeiras.
Minha adesão à mentira
Foi plena e incontestável
Vivo no inferno
Ainda em vida
Já sou morto...
E morto inquestionável.
Quê!
Apesar da missão
E de todas as lições
Não vislumbra salvação
Por não ter respeitado
Qualquer mandamento
Em nenhum momento.
Lemos
27/04/216
Nenhum comentário:
Postar um comentário