Para
uma união que estava em seu epílogo, até que o epílogo durou.
Tanto
durou! Que o pequeno Nícolas, já não era mais tão pequeno. Mesmo quando o amor
falta de um lado. Sobrevive por algum tempo; quando do outro lado ele é real e
pleno.
Como
seria maravilhoso o amor. Se as pessoas dessem a ele o devido valor. Soubessem
ler no coração de quem ama. E não deixassem jamais diminuir, ou apagar sua
chama.
Tinha
hora para acabar, mas não acabaria assim. Haviam jurado amar e respeitar até
morte. Somente a morte traria o fim.
Maria
Das Graças, que sonhou que o amor lhe traria felicidade. Ia tocando
honestamente sua vida, porém, ansiava por liberdade.
Sua
libertação veio de uma forma cruel e dura. Foi onde se lembrou, da célebre
frase, de sua linda e velha mãe: - Filha! Remédio que arde cura!
Florisvaldo,
que optou por levar a vida a esmo. Encontrou seu fim, no bar que tanto adorava.
Engasgado com um apetitoso pedaço de torresmo!
A
viuvez de das Graças. Apesar de deixá-la triste. Não a tornou muito abatida.
Afinal! Já era viúva quando o marido estava
com vida.
Não
quero dizer que a morte de Florisvaldo a fez mais feliz. Às vezes na vida
deixamos a felicidade escapar por um triz!
Não
foi este o caso daquela amorosa esposa, de singular beleza. Mas foi o daquele
marido que se deixou vencer pela fraqueza.
O
mesmo, que pelo vício se deixou dominar. Que decidiu sua vida no lixo jogar.
Não vou citá-lo mais. Sua história acabou. É assim que faz o mundo, com quem a
ele nada acrescentou.
Estava
acompanhada somente por seu filho. Não precisava de melhor companhia. O que
precisava urgentemente era de um emprego, para suprir as necessidades do dia a
dia.
Como
conseguir uma boa colocação, se estava desatualizada? Precisava requalificar-se
senão, não conseguiria nada. Lembrou-se que um dia seu irmão havia falado em
uma escola boa e barata. Na época respondeu que não podia. Talvez em outra
data.
Voltar
a estudar devolveu-lhe o prazer de viver. Em sua mente já estavam agendados. Os
progressos que iria fazer!
Lemos, 14/01/03 09:45:57.
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