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terça-feira, 1 de julho de 2014

Um apetitoso pedaço de torresmo







Para um amor, que tinha dia e hora para acabar. Tão cedo, não acabou.
Para uma união que estava em seu epílogo, até que o epílogo durou.
Tanto durou! Que o pequeno Nícolas, já não era mais tão pequeno. Mesmo quando o amor falta de um lado. Sobrevive por algum tempo; quando do outro lado ele é real e pleno.
Como seria maravilhoso o amor. Se as pessoas dessem a ele o devido valor. Soubessem ler no coração de quem ama. E não deixassem jamais diminuir, ou apagar sua chama.
Tinha hora para acabar, mas não acabaria assim. Haviam jurado amar e respeitar até morte. Somente a morte traria o fim.
Maria Das Graças, que sonhou que o amor lhe traria felicidade. Ia tocando honestamente sua vida, porém, ansiava por liberdade.
Sua libertação veio de uma forma cruel e dura. Foi onde se lembrou, da célebre frase, de sua linda e velha mãe: - Filha! Remédio que arde cura!
Florisvaldo, que optou por levar a vida a esmo. Encontrou seu fim, no bar que tanto adorava. Engasgado com um apetitoso pedaço de torresmo!
A viuvez de das Graças. Apesar de deixá-la triste. Não a tornou muito abatida.
 Afinal! Já era viúva quando o marido estava com vida.


                                                  

Não quero dizer que a morte de Florisvaldo a fez mais feliz. Às vezes na vida deixamos a felicidade escapar por um triz!
Não foi este o caso daquela amorosa esposa, de singular beleza. Mas foi o daquele marido que se deixou vencer pela fraqueza.
O mesmo, que pelo vício se deixou dominar. Que decidiu sua vida no lixo jogar. Não vou citá-lo mais. Sua história acabou. É assim que faz o mundo, com quem a ele nada acrescentou.
Estava acompanhada somente por seu filho. Não precisava de melhor companhia. O que precisava urgentemente era de um emprego, para suprir as necessidades do dia a dia.
Como conseguir uma boa colocação, se estava desatualizada? Precisava requalificar-se senão, não conseguiria nada. Lembrou-se que um dia seu irmão havia falado em uma escola boa e barata. Na época respondeu que não podia. Talvez em outra data.
Voltar a estudar devolveu-lhe o prazer de viver. Em sua mente já estavam agendados. Os progressos que iria fazer!

Lemos, 14/01/03 09:45:57.




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