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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

No seu baú!

 





Em seu baú!

 

 





A velha guarda...

Guarda na memória

Toda uma história

De grande significado

De uma era que a seu ver

 Deveria ser festejada anualmente

Mas, ficaram apenas lembranças

Quase todos os outros já se foram.

Lamentam os que ficaram

Choram o desprezo, e ...

O não reconhecimento.

 

A velha, guarda em seu baú

As memórias de uma era

Onde havia um certo respeito

Pelos já avançados em anos

A velha, guarda em seu coração

As muitas dores

E alguns prazeres que a vida

Lhe trouxe enquanto vivia.

Pois hoje, já não sente a vida

E afirma, que já é vencido

O seu visto, e seu passaporte

Já está devidamente carimbado.

 

 

Canta hits do passado

Apenas para não chorar

Diz que ninguém aprende

As lições que o mundo ensina

Cita, o grande rui Barbosa

E declama em alto e bom som

Poemas de Cora Coralina!

 

 

A velha guarda, inúmeras reflexões

Que jamais ousou compartilhar

Mesmo quando parecia ser aceitável

Teme a todo o momento

Que as máquinas leiam seu pensamento

Que hoje são, o que ela realmente tem

Além, das tralhas em seu antigo baú.

 

 

Lamenta as obras inacabadas

E as paixões mal resolvidas

E os remendos mal costurados

Que hoje, a expõe para o mundo cão

Come uma jabuticaba, e resmunga

Que não tem o gosto de antigamente

Tempos sofridos, sabor diferente!

 

A velha guarda recordações

De um tempo que diz ter sido

Infinitamente melhor

Mesmo, sem tevê a cabo

Sem ar condicionado

E, sem farmácia popular

Sem gratuidade no transporte

E sem; o auxílio Brasil!

Mas, essa e a voz do passado

O apelo, desesperado pela nostalgia.

 

 

Há muito, não sou um menino

E logo será o meu dia

De aclamar Bartô Galeno

Reginaldo Rossi, Júlio Nascimento

Como fenômenos musicais

Não que não tenham os seus valores

Mas fenômenos, é um pouco demais.

 

 

A velha guarda! Uma época:

Histórica e muito musical

É obvio que não haverá nada igual

Mas, depois teve a jovem guarda

Que ainda hoje conta com alguns setentões

Teve a bossa nova, a Tropicália

Que encantaram muitos corações.

 

 

Porém, a história cuida disso

Por esse imenso Brasil afora.

Esse, espalhafatoso saudosismo

Fica para os livros e museus

As pessoas...

Essas, sempre se vão embora!

 

 

Lemos

Vinte e um de setembro de 2022.

 


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