Balancete
Nunca
lavei a roupa que usava
Nem
plantei ou cozinhei o que comi
Jamais
varri o chão onde pisei
E
sequer tracei algum mapa
Nunca
li as bulas dos remédios que tomei.
Não
me lembro de ter escolhido
Na
vida, alguma parceira.
Mas
nunca fiquei só..,
Por
uma semana inteira
Não
chorei leite derramado
Nunca
busquei um culpado
Pelas
reviravoltas da vida.
Tive
ilusões, mas não foram perdidas.
Pois
ao seu tempo foram substituídas
Sem
entrarem para a minha história
Venci
algumas batalhas...
Mas,
jamais arrotei glórias.
Pois
orgulho só enche o vazio
Como
diz minha mulher amada!
Cem
anos, pode ainda ser pouco
Diante
da longa estrada
Que
se abre à frente da pessoa
Que
se queda, ou esbraveja.
Sobre
as intempéries da jornada.
Nunca
cozinhei o que comi
Nunca
desdenhei do que aprendi
Com
pessoas melhores do que eu
E
que eu não via como tal
Mas,
nem por isso me causou desconfiança.
E
o respeito que demonstrei
Ainda
é minha melhor lembrança.
Durmo
bem quando tenho sono
E
se não o tenho fico acordado
Jogando
com meus loucos pensamentos
Que
ora, me fazem sorrir.
Outras
vezes, me trazem tormentos.
Que
se dissipam ante a realidade
De
que certo ou torto
Sou
eu, e tão somente eu...
A
minha única verdade
Que,
amiúde, mente
Para
minha alma:
Que algo renitente.
Insiste
em que eu
Encontre-me
enquanto gente!
Lemos
20
05 2017
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