Negra Isabel
Era a negra Isabel, sem sombra de
duvidas a mulher mais bonita da região, e isso fazia com que muitas mulheres a
odiassem.
Negra Isabel era uma escrava que
Trabalhava na lavoura...
Amava e era amada... Exageradamente
pelo bom negro Tião.
Mas por ser maravilhosamente bela era
por demais cobiçada pelo patrão que por tê-la comprado se dizia dono, o que
para a época não era uma inverdade.
Mas Isabel não se sentia objeto
E via como seu único senhor, o forte e
valoroso Tião seu verdadeiro amor.
Amor que não tinha liberdade de
expressão posto que não havia esse termo dentro da escravidão
E a linda Isabel fazia o impossível
para não atiçar o fogo do patrão, que inevitavelmente ardia toda vez que a via.
E não coincidentemente, a via todo dia,
pois vivia a farejá-la sem qualquer dissimulação...
Afinal!
Ela era escrava, ele dono e patrão.
Era grande o descontentamento de Isabel da esposa do patrão, e do negro Tião.
Esse último, que nada podia fazer
A não ser rezar para o pior não
acontecer
Mas, o pior aconteceu!
Em uma manhã ensolarada, quando o
patrão levou Isabel a uma lavoura afastada e lá a estuprou com requintes de
perversidade.
Foi aí que o calmo Tião jurou a si
mesmo que mataria o maldito patrão.
Patrão que dali em diante, declarou a
maravilhosa Isabel como sua escrava amante.
Foi então, que a esposa uniu-se a
Isabel e a Tião no clube dos que odiavam o patrão.
Mas dos três, quem mais odiava era
Isabel que via seu corpo sendo devastado e sua alma ferida mortalmente.
No entanto, nada podia fazer por ser
escrava.
E nada fez...
Resignada, cedia aos caprichos do
maldito patrão.
A essa altura, sequer conseguia olhar
para o amado Tião tal a vergonha que a consumia.
Até o dia...
Em que o miserável patrão decidiu
humilhar mais ainda a tão sofrida Isabel e o inconformado Tião, que não havia
abdicado da ideia de matar o desgraçado.
Em uma manhã de domingo o insano
fazendeiro mandou amarrar o amado de Isabel em um tronco de carvalho e na sua
frente possuiu Isabel na grama ainda molhada de orvalho
Tião chorou até desmaiar e dali em diante...
Nada mais fez do que chorar e chorar...
Não mais se alimentou direito a partir
daquele dia
E todo dia se lamentava porque não
morria.
O miserável patrão, não satisfeito
resolveu reeditar a torpe proeza.
Via tudo aquilo, como sendo uma obra de
indescritível beleza.
E de novo mandou amarrar Tião e buscar
a sofrida Isabel.
Dessa vez ele foi bastante teatral
Com um puxão rasgou a blusa da negra,
depois a esbofeteou dizendo todo tipo de palavrão para ela e para o derrotado
Tião que chorava e vomitava sem parar.
Contudo, ainda havia mais por fazer,
para completar seu sádico prazer.
Abraçou a negra com um braço e com a
mão livre beliscava fortemente seus seios e também a mordia com perversidade.
Ela não emitia sequer um gemido o que o
fazia aumentar a demonstração de maldade.
Foi quando, ela inesperadamente o
abraçou e também o beijou, para selar o desespero de seu adorado Tião, e para
surpresa do famigerado patrão.
Que teve um orgasmo fatal...
E seu pescoço atravessado pela lâmina
implacável de um punhal!
Lemos
20/05/2015
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