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domingo, 18 de setembro de 2022

 



Negra Isabel

 

Era a negra Isabel, sem sombra de duvidas a mulher mais bonita da região, e isso fazia com que muitas mulheres a odiassem.

Negra Isabel era uma escrava que

Trabalhava na lavoura...

Amava e era amada... Exageradamente pelo bom negro Tião.

Mas por ser maravilhosamente bela era por demais cobiçada pelo patrão que por tê-la comprado se dizia dono, o que para a época não era uma inverdade.

Mas Isabel não se sentia objeto

E via como seu único senhor, o forte e valoroso Tião seu verdadeiro amor.

Amor que não tinha liberdade de expressão posto que não havia esse termo dentro da escravidão

E a linda Isabel fazia o impossível para não atiçar o fogo do patrão, que inevitavelmente ardia toda vez que a via.

E não coincidentemente, a via todo dia, pois vivia a farejá-la sem qualquer dissimulação...

Afinal!

Ela era escrava, ele dono e patrão.

Era grande o descontentamento de Isabel da esposa do patrão, e do negro Tião.

Esse último, que nada podia fazer

A não ser rezar para o pior não acontecer

Mas, o pior aconteceu!

Em uma manhã ensolarada, quando o patrão levou Isabel a uma lavoura afastada e lá a estuprou com requintes de perversidade.

Foi aí que o calmo Tião jurou a si mesmo que mataria o maldito patrão.

Patrão que dali em diante, declarou a maravilhosa Isabel como sua escrava amante.

Foi então, que a esposa uniu-se a Isabel e a Tião no clube dos que odiavam o patrão.

Mas dos três, quem mais odiava era Isabel que via seu corpo sendo devastado e sua alma ferida mortalmente.

No entanto, nada podia fazer por ser escrava.

E nada fez...

Resignada, cedia aos caprichos do maldito patrão.

A essa altura, sequer conseguia olhar para o amado Tião tal a vergonha que a consumia.

Até o dia...

Em que o miserável patrão decidiu humilhar mais ainda a tão sofrida Isabel e o inconformado Tião, que não havia abdicado da ideia de matar o desgraçado.

Em uma manhã de domingo o insano fazendeiro mandou amarrar o amado de Isabel em um tronco de carvalho e na sua frente possuiu Isabel na grama ainda molhada de orvalho

Tião chorou até desmaiar e dali em diante...

Nada mais fez do que chorar e chorar...

Não mais se alimentou direito a partir daquele dia

E todo dia se lamentava porque não morria.

O miserável patrão, não satisfeito resolveu reeditar a torpe proeza.

Via tudo aquilo, como sendo uma obra de indescritível beleza.

E de novo mandou amarrar Tião e buscar a sofrida Isabel.

Dessa vez ele foi bastante teatral

Com um puxão rasgou a blusa da negra, depois a esbofeteou dizendo todo tipo de palavrão para ela e para o derrotado Tião que chorava e vomitava sem parar.

Contudo, ainda havia mais por fazer, para completar seu sádico prazer.

Abraçou a negra com um braço e com a mão livre beliscava fortemente seus seios e também a mordia com perversidade.

Ela não emitia sequer um gemido o que o fazia aumentar a demonstração de maldade.

Foi quando, ela inesperadamente o abraçou e também o beijou, para selar o desespero de seu adorado Tião, e para surpresa do famigerado patrão.

Que teve um orgasmo fatal...

E seu pescoço atravessado pela lâmina implacável de um punhal!

 

 

 

Lemos

20/05/2015


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