Sua voz!
Calou minha presença.
Não veio a calmaria
Com a qual sonhei um dia
Não veio o prazer
De quem cumpriu seu dever
O que veio mesmo!
Foi um duro sentimento
Certa rejeição ao momento
Que, inútil, sonhei
Como algo espetacular.
Mas, que me gritou.
Ao som de sua voz
A enganação que é sonhar
O erro que é viver
Sob o comando de um sentimento
Que ao final, friamente, mostra.
O quão é infiel o pensamento.
Hoje, mais calibrado
Vejo o mundo mais próximo
Do que ele realmente é
Sou mais comedido...
É bem menor a minha fé
E minhas estradas
Menos tentadoras
E as mais prováveis verdades
Residem agora!
Sob sombras assustadoras.
Doeu-me!
Ver minhas paisagens
Debaixo de ondas ameaçadoras
Hoje sou categoricamente assim
Fujo de cores, de vozes.
E, também, de promessas.
Às vezes fujo...
Até mesmo de mim!
Lemos
21/06/2016
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