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sábado, 7 de novembro de 2015

Quando virou cruz




Queria ter tido tempo
De lhe ver ao sol
Mas, você não brilhou.
Não a vi!
E no escuro ainda estou
Queria ter lhe falado
Da minha pressa
Mas o tempo passou.



E há muito tempo
Minha pressa acabou
Assim como minha vontade
E algumas das minhas convicções
Há muito lhe desejei
Como quem deseja viver
Hoje tanto faz
Viver, ou morrer bem antes.
Do final da história.



Foram-se!
Os arroubos juvenis
Junto com as lutas inglórias
Muitas das suas lembranças
Perderam-se em lacunas
Em minha frágil memória
E a dor...
Filha do medo de ser só
Não mais existe.



Posto quê:
Não me sinto feliz
Porém, não me vejo triste
Queria lhe ter visto
Ainda sob sua luz
Que se apagou
Quando virou cruz
E me tornou mais pesado.



Nada é bom...
Não vou!
Remexer o passado
Nem acariciar a cicatriz
Coisa, de masoquista
Sigo sem qualquer olhar pra trás
Sofri, mas ganhei.
Ao perder você de vista!



Lemos
07/11/2015


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