quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Ficção
É ficção, mas é o que minha mulher sempre me diz.
Duvidei da verdade que não me convinha.
E minutos depois, acreditei na mentira.
Que vinha, de encontro aos meus anseios
E naquele dia, dei-me por feliz.
E feliz; segui por certo tempo.
Até o dia, em que a verdade que reneguei.
Veio solene bater à minha porta.
Abri timidamente, até o limite
Daquela tola correntinha que promete segurança.
Mas a verdade, não queria apenas se mostrar.
Ela veio, para se impor, como suprema que é.
E tal; foi a dor que me causou.
Que passei a ter ainda mais medo.
De tudo aquilo que soasse á verdade.
E por isso mesmo tornei-me.
O grande mentiroso que hoje sou.
Mas o pior de tudo. é que:
Tento enganar ao mundo.
Tento enganar até mesmo a verdade.
E como conhecedor, que agora sou
Amiúde; me pego enganando a mim mesmo.
Da mesma forma com que fiz.
Naquele infausto dia, sem saber.
É duro admitir, e sei que pagarei por isso.
Mas, pelo menos, agora funciona como lenitivo.
Parece confuso?
Contudo há milhares, nesse clube.
Lemos um de fevereiro de 2012.
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