Era bonito o lugar!
Porém, me assustava
Pelo fato, de eu não saber
Como havia chegado ali
Via, árvores baixas e um
rio
Não muito largo
Mas, aparentemente
intrasponivel
Dado às minhas
limitações.
A minha direita, os
grandes quintais…
Com seus cães de guarda
E outros animais,
galinhas, gansos
Marrecos, etc…
Mas, o que eu
mais desejava
Era sair dali!
Voltar ao aconchego do
meu lar
E rever, os meus
malditos e insanos vizinhos.
Além dos quintais eu via
a estrada
De terra batida, onde
passavam os carros
Em uma velocidade incompatível
com a via
Parecia que, assim como
eu…
Todos tinham certa
urgencia
Em abandonar
aquele sitio.
Com certa prudência
Pedi a uma sinistra moradora...
Que me deixasse
Atravesar sua
propriedade
Para, assim, alcançar a estrada
O que, algo relutante
ela autorizou
Levantando o arame da cerca
Para me dar passagem
E foi assim, que finalmente....
Mudei de situação.
Senti-me feliz, pois já
poderia
Iniciar minha jornada de
volta para casa.
Por instantes fiquei
observando..
E percebi, que o fluxo daquela estrada
Era mais intenso para a
direita
Chamou-me a atenção um
ônibus
Cujo itinerário, não
consegui decifrar
Dado a forma estranha
dos caracteres
Parecia ser de algum país asiático.
Até mesmo porque a
mulher que me deu passagem
Mostrou-se confusa
diante do meu linguajar
Optei em seguir pela
direita
E assim, iniciei meu
caminhar
Andei alguns quilometros
em passo moderado
O que era o meu melhor naquele momento
Posto que já estava
bastante cansado.
No entanto, me desiludi, quando
após uma curva
Já não havia maís a estrada
A estrada, já não era estrada.
O que eu via era uma intensa floresta...
Onde, macacos faziam uma
enorme algazarra
Nos galhos e cipós das
enormes árvores.
Pensei em voltar, mas…
Voltar para quê?
E , para onde?
Não iria dar em nada!
E tudo, continuaria
confuso
E dessa forma entreguei-me…
Ao Deus dará!
Lemos
03/04/2018
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