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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Tão comprida






Mesmo aparentemente
Autoconfiante...
Mantive o medo
Não havia chovido
Era, ainda cedo
Não era momento
De comemoração
Mal havia iniciado
A árdua missão
Enxuguei uma gota de suor
Era a primeira
Das muitas...
Que estavam por vir
Até virarem cachoeira
E eu!
Com medo de prosseguir
Mas, não havia outro jeito
A estrada atrás se autodestruía
Por isso mesmo apavorado
Conscientemente prosseguia
E a cada mirada pra trás
Acelerava o passo ainda mais
Foi quando lhe vi à frente
Até então não sabia
O quanto a verdade nos mente
E dessa vez ela veio
Em forma de você...
Livro, que a mãe escreve
Mas, o filho não lê
Eu a vi, mas não a li.
Amei e não entendi
E herdei uma vida inteira
Para duvidar e sofrer
O amor, assim como a vida
Não vieram pra se entender
Ainda não morri
Portanto estou na missão
Nada sei, de tudo...
No entanto já assimilei
Uma ou outra lição
Não dá para recuar
Mas, talvez, contornando
Arrume uma maneira de
Sutilmente me reaproximar
Da minha pedra fundamental
E, assim, me redesenhar
De modo mais natural
E com leveza navegar a vida
Sempre almejando
Que não seja...
Assim tão comprida!



Lemos

15/09/2015

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