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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Vai ser assim...






Quando escolheu não escolher
Colocou-se à deriva
E agora!
Depois de tanto tempo
É prova e testemunha viva
Da enorme asneira que fez
Ao se esconder
Escondeu também a razão
Tudo por não querer sofrer
Talvez não tenha mesmo sofrido
Mas certamente não tem vivido
Nada trará até você
O que deixou de experimentar
Quando decidiu se anular
Não teve!
Grandes ou pequenas emoções
Não a vi sorrir e nem chorar.
Vê, a fumaça ao longe.
Porém!
Não viu o trem passar.
Nem placa torta
Indicando a contramão
Nem, Inês morta.
Como na canção!
Não a vi!
Embalando uma criança
Nem enfeitando árvore de natal
Tampouco!
Cumprimentando o vizinho
De forma efusiva, ou cordial.
Quando escolheu nada escolher
Nada queria provar
Por não querer...
Compromisso com a vida
Deixou os ventos e as marés
Levar-lhe e trazer
Trazer-lhe e levar
Agora não há mais tempo
Vai ser assim...
Até o fim!

Lemos
17/09/2015


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