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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Quando a morte as unir.











A mão direita deu.

A esquerda, não viu.

Assim, como tinha de ser.

A mão esquerda não deu...

Entretanto, a direita.

Não deixou de ver.

E por isso mesmo

Ficou indignada

- Como posso tudo dar?

E a outra não dar nada.

Viu, quando não devia

Resmungou sem necessidade

Quem tinha que ver viu.

Essa é a verdade!

Quando me contaram

Esta simples estória

Fiquei meio confuso

Apesar de já conhecer o ditado

Quem tem visão periférica

Não precisa olhar de lado

Não tem como notar

E depois ignorar

Só sei que no decorrer

Dessa estória que parece

Ser mais do que infantil

As duas mãos, ficaram de mau.

Porque uma, ignorou

E a outra, se pronunciou

Até que um dia...

A mão direita se arrependeu

E a um caloroso aperto

Humildemente se ofereceu

A esquerda por sua vez

Apesar de sempre fechada

Abriu-se naquele dia

E apertou com carinho

Num aperto meio desajeitado

A companheira de jornada

E assim, seguem serenas.

Cada qual do seu lado

E com seu jeito próprio de existir

Até quando a morte

Novamente, as unir!






Lemos dezenove de agosto de dois mil e treze.








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