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domingo, 18 de agosto de 2013

Perpetuar sabor.





Muito triste e sem amor

Acreditando em tudo

Maldita carência!

Onde se esquece de tudo

Até mesmo da decência

E lembra-se:

Menos ainda da prudência

Carência, que faz acreditar

Até mesmo em cigana

Que lendo a sorte

Prevê amores intermináveis

Prevê sonhos inacabáveis

Carência:

Previsão de entrega

Viajando em música brega!





Na beleza da rosa

Como na música

A flor mais formosa

Onde perfume é igual

A dor do ciúme

Onde, o sabor do carinho

Confunde-se

Com a dor do espinho

Onde o lábio carmin

Não dá indícios do fim

Onde a desilusão destrói

O mais lindo jardim

Onde emoção

Acaba na dor da paixão perdida

E no desprezo pela vida

Diante de copos

 E mais copos de bebida!




De lembrança em lembrança

Conto,os risos e os ais

Mais ais do que risos

Assim é...

 O amor quando acaba

Querendo esquecer

O quanto fui feliz

É que me senti

Ainda mais infeliz

E vi meu mundo

Tornar-se ainda menor

Canta muito!

O gigante Bartô Galeno.

E nos braços de outra

Busco o que você

Sem pestanejar levou embora

Só lembranças!

E muita bebida

È o que me resta agora!





Quem já ouviu falar?

Em Elino Julião

Cantor brega muito chorão

Que, amiúde, pede

Para seu amor voltar

Dizendo morrer de paixão

E que quase para

O seu velho coração

É a música brega

Mandando na viagem

Falando de amor

Com propriedade

E muita coragem

Buscando:

Perpetuar sua história

Falando de dores de amor

E de luta inglória!





Querida mil vezes querida

Recebe minhas flores!

Você que foi

O maior dos meus amores

O bem maior, com que sonhei

A namorada que adorei

Mas não foi assim

Por toda a vida

Tudo, tem vez e hora

Mando-lhe lindas flores

Apesar de ter ido embora

Mas, partir também faz parte

Partir é, antiga arte

De perpetuar sabor

É maneira quase infalível

De ter real valor!




Garçom, não podia faltar

Bebida, música brega e bar

Ingredientes pra fazer chorar

Combustível pra se sonhar

Pra se pensar

No passado, distante ou não

Meu grande amor vai se casar

E não deixou de me avisar

Quero beber!

Quero me embriagar!

Não quero saber da hora

Não quero ir embora

Tanto faz fazer sol

Ou até mesmo chover

Deixe-me beber!

Que lhe deixo em paz.

Hoje pra mim...

Viver ou, até mesmo, morrer.

Tanto fez, como tanto faz!





Lemos ouvindo brega.
Dezoito de agosto de dois mil e treze.


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